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Leiria

Ministro recebido com protestos à entrada de “um dos maiores centros escolares do país”

Visita ao estabelecimento de Marrazes, concelho de Leiria, contou também com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e de estudantes do agrupamento de Marrazes.

"É um espaço maravilhoso, que será um dos maiores centros escolares do país. Quisemos ver o chamado 'work in progress'", afirmou João Costa. Fotos: Joaquim Dâmaso

“O ministro da Educação sonha, o presidente [da Câmara] faz e a ministra da Coesão Territorial paga”. A frase de João Costa serviu de mote para o início da visita dos dois governantes ao Centro Escolar de Marrazes, esta quinta-feira, em mais uma iniciativa no âmbito do “Governo Mais Próximo”, que decorreu em Leiria, ontem e hoje, quinta-feira.

A obra, que iniciou em janeiro de 2017 e esteve suspensa durante três anos, deverá ficar concluída até ao final do ano, num investimento de cerca de 8 milhões de euros, tornando-se “num dos maiores centros escolares do país”. Estima-se que 600 alunos, divididos entre o pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico, ocupem o estabelecimento de ensino.

Um dos promenores do projeto que “atraiu” o ministro João Costa foi a ligação das salas de aula do pré-escolar para o exterior, para o espaço que será destinado à horta comunitária.

Também Ana Abrunhosa, ministra que tutela a pasta da Coesão Territorial, elogiou o projeto “onde as crianças terão condições para brincar, aprender”. “Este é um magnífico exemplo da utilização de apoios da União Europeia. Muitas vezes somos céleres nas críticas, mas o projeto aconteceu, iniciou a obra, que foi abandonada, retomou e chega agora a bom porto. Muito também graças ao grande esforço financeiro da autarquia”, adiantou.

Quem também acompanhou a visita foram os alunos Miguel e Maria, em representação dos alunos do Agrupamento de Marrazes, conhecendo o local que passará a ser a sua escola.

Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria, defendeu que a educação é uma “prioridade no desenvolvimento” do concelho.

“Por cada euro que investirmos hoje na educação dos nossos filhos, obteremos um retorno exponencial no futuro, em desenvolvimento, competitividade económica e em cidadania. Para esta equação dar certo, temos de garantir que todas as nossas crianças terão acesso a condições de excelência para a aprendizagem. É isso que estamos a fazer com a renovação do nosso parque escolar, de que esta obra é um bom exemplo e com a qual damos mais um passo para nivelar, por cima, o patamar de qualidade do nosso parque escolar”, afirmou o autarca.

O momento serviu ainda para apresentar os projetos para as escolas Secundária Afonso Lopes Vieira, EB 2,3 D. Dinis e EB nº2 Marrazes. “Estes investimentos vêm trazer justiça ao nosso parque escolar, que se encontrava muito desequilibrado no que diz respeito à garantia de igualdade de condições de ensino aos nossos alunos”, afirmou Gonçalo Lopes, manifestando a disponibilidade do município para continuar a trabalhar em articulação com o Governo, “alertando para a necessidade de continuar a investir na ampliação” do parque escolar que tem registado um aumento do número de alunos.

Protestos à chegada

À chegada ao Centro Escolar de Marrazes, o ministro da Educação foi recebido por cerca de meia centena de professores, numa ação desenvolvida pela FENPROF, a reivindicar “resposta para os problemas” que têm sido denunciados pela classe docente. Mário Nogueira, líder da FENPROF, aproveitou o encontro para entregar uma proposta para recuperação do tempo de serviço e outros ofícios enviados ao ministério da Educação “e que não mereceram resposta”.

Em simultâneo, os professores manifestaram-se, erguendo faixas com a inscrição “respeito” e gritando “os professores estão em luta”, “está na hora de o Ministro ir embora” ou “o tempo é para contar, não é para roubar”.

(em atualização)

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