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Saúde Exclusivo

Paula Helena Silva: “A porta das urgências não pode estar fechada, é inconstitucional”

Em funções há oito meses, a diretora da Urgência Geral do Centro Hospitalar de Leiria está apostada em reduzir os tempos de espera e colmatar as falhas de médicos.

Paula Helena Silva dirige o SUG do CHL desde março, tendo sucedido no cargo a Maria João Canotilho Foto: Joaquim Dâmaso

O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) afirmou que novembro será ‘o pior de sempre’ nas urgências. Está a ser o pior de sempre em Leiria?
Em termos de especialidades, temos neste mês de novembro as falhas que também tivemos em outubro, portanto não vejo nenhum agravamento. Em relação à cirurgia, neste momento, só não está presente no serviço de urgência às sextas, sábados e domingos. Ao longo deste meu mandato, fui tentando captar cada vez mais profissionais para a urgência. Só para ter a noção, eu tinha um médico generalista nos ‘amarelos’ [doentes urgentes]e outro nos ‘verdes’ [doentes não urgentes], tínhamos noites só com um médico. Isto é impensável. Era incomportável, eu tinha mais de 20 horas de espera.


Secção de comentários

  • VP disse:

    Prezada MF, poderemos pelo menos conceder às palavras do Ministro a credibilidade que parece tão difícil de conceder à D.ra Paula Helena Silva…?
    16 de setembro 2023: -Ministro diz ser inaceitável haver utentes de madrugada à porta dos centros de saúde- Manuel Pizarro admite que o problema resultou “de uma incapacidade de planeamento” ao longo dos anos, e que as dificuldades vão manter-se até final do ano. O ministro Manuel Pizarro considerou hoje, sábado, inaceitável haver utentes a irem de madrugada para a porta dos centros de saúde para conseguirem ser atendidos, notando que, atualmente, este é “talvez o principal problema” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
    “Eu, evidentemente, que não posso considerar que seja aceitável que as pessoas tenham de ir de madrugada para o centro de saúde para conseguirem ter uma consulta. Isso é algo que nós temos de resolver e vamos resolver paulatinamente”, disse Manuel Pizarro à agência Lusa.

  • VP disse:

    Prezada MF, antes de se indignar porque um Médico, talvez de uma forma um pouco “seca”, não fez nada além de sublinhar alguns aspectos indubitáveis ​​do Sistema de Saúde, deveria indignar-se ainda mais com os jovens médicos que saem porque o “Sistema”, e não o Dr. Paula Helena Silva não consegue criar condições para que permaneçam, devolvendo ao país o que neles foi investido. Médicos de família são “funcionários”..?!? Como negar e por que você deveria se sentir mal com isso.
    Não é assim só em Portugal, em Itália é exactamente a mesma coisa, com a única diferença de que são em maior número e por isso um paciente, em caso de necessidade, pode ver o médico dentro de dois dias e não daqui a um mês ou mais como é normal aqui no Centro de Saúde. No entanto, isto não significa que os médicos de família sejam números “negativos”, pelo contrário, significa simplesmente que o sistema é insuficiente para garantir assistência a todos os cidadãos e que para o fazer, mesmo que apenas parcialmente, os médicos devem utilizar o critério da “Missão”. Mas concordo com a entrevista do Dr. João Morais, os médicos são pessoas não missionárias, aqueles só são vistos no cinema..

  • MF disse:

    Honestamente, fico indignada por esta entrevista ainda estar em destaque na vossa página. Uma entrevista que rebaixa os médicos de família e, na realidade, os médicos em geral, ao mesmo tempo que se foca no auto-elogio. Deplorável.

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