O Movimento Figueiró Independente (MFI) vai candidatar, pela terceira vez, Carlos Lopes à Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos nas próximas eleições autárquicas, com o vereador a acreditar que “à terceira é de vez”.
“Sentimos muito, por um lado, o apoio e a vontade que as pessoas têm transmitido de nos dar uma oportunidade”, afirmou hoje à agência Lusa Carlos Lopes, destacando que o MFI concorre, pela primeira vez, a todas as freguesias, e à Assembleia e Câmara municipais.
O candidato do MFI salientou, entre outros aspetos, a representatividade dos lugares nas listas para as freguesias, para acrescentar que as pessoas desejam que o movimento possa implementar o que tem defendido nos últimos anos.
“Com toda a humildade, julgamos que estamos a criar a base para podermos ser a escolha dos nossos conterrâneos e sentimos que à terceira é de vez, sim”, declarou.
Por outro lado, Carlos Lopes adiantou que o concelho está perante um “momento novo”, dado que o presidente do município, o socialista Jorge Abreu, não se pode recandidatar devido à limitação de mandatos, pelo que o MFI “deseja ter a oportunidade para implementar o seu programa”.
Entre as prioridades do MFI está a recuperação da “centralidade regional no contexto da Região Centro”, referindo neste caso as acessibilidades que servem o território.
O emprego, e a atração de empresas e de investimento é outra área prioritária, que inclui a “disponibilização de novas áreas para implementação de empresas” e não apenas na sede do concelho.
“No que diz respeito à saúde, estamos muito empenhados em reforçar o contingente dos recursos humanos existente no Centro de Saúde de Figueiró e nas extensões de saúde”, assegurou o cabeça de lista, prometendo “a implementação de uma unidade de saúde móvel”.
No âmbito da habitação, o candidato ao município do norte do distrito de Leiria defendeu que a Câmara deve “disponibilizar terrenos seus para loteamento e permitir a construção a preços mais acessíveis e competitivos por parte de famílias que aqui se queiram fixar”.
“Trabalhar com a Administração Central e com as entidades privadas para promover um programa de habitação social que dê resposta às famílias mais vulneráveis” e o arrendamento social são outras das propostas.
Ao nível da educação, o MFI quer uma parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, com Carlos Lopes a enumerar também medidas no apoio social, associativismo e turismo, como mais praias fluviais ou, na Foz de Alge, uma “estrada ribeirinha da freguesia de Arega”, para permitir levar “para aquela zona desportos náuticos”.
O cabeça de lista assumiu também “uma empreitada para todo o concelho” que passa, “onde for possível”, por substituir nas aldeias “o pavimento em pedra por alcatrão (…), muito mais seguro para as pessoas idosas, muito mais cómodo, muito mais limpo”.
Carlos Lopes, de 60 anos, foi deputado do PS entre 2005 e 2009, tendo depois sido chefe de gabinete do último governador civil de Leiria, até 2011.
Nas eleições autárquicas de 2009, foi cabeça de lista do PS à Câmara de Figueiró dos Vinhos, tendo sido eleito vereador, cargo que manteve até 2013.
Em 2017, liderou a lista do MFI e conquistou um lugar na vereação, sendo reeleito em 2021.
O PS ganhou o município ao PSD nas eleições autárquicas de 2013, e repetiu a vitória em 2017 e 2021.
Nas últimas autárquicas, os socialistas conquistaram dois mandatos, igual número alcançado pelos sociais-democratas e o MFI um vereador.
Além de Filipe Silva (PSD), é também candidato ao sufrágio, que deverá realizar-se em setembro ou outubro, José Fidalgo (Chega) e José Carlos Quintas (PS).