O diretor da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), do Politécnico de Leiria, Sérgio Leandro, defendeu, numa conferência realizada no Brasil, que “as tecnologias marinhas são sustentáveis” e capazes de gerar valor.
“As tecnologias marinhas constituem inovações sustentáveis, circulares e eficientes na utilização de recursos, com potencial para transformar a agroindústria, em alinhamento com a resiliência climática, a segurança alimentar e a preservação da saúde dos oceanos”, afirmou Sérgio Leandro durante a Conferência Nacional da Sustentabilidade Brasil 2025, realizada em Vitória.
Na sua perspetiva, “em resultado da criação de contextos nacionais e internacionais que têm promovido a importância dos oceanos, incluindo as ameaças e oportunidades associadas, os investigadores e empreendedores têm vindo a desenvolver um conjunto de soluções inovadoras, com impacto e com capacidade para gerar valor”.
Para Sérgio Leandro, “investir em tecnologias para a economia azul é crucial para o crescimento sustentável, a boa governação oceânica e a resiliência climática. Os governos devem agir com urgência para impulsionar a inovação e proteger os oceanos a longo prazo”.
Numa intervenção sob o mote ‘Do Campo ao Oceano. Tecnologias Marítimas e o Futuro do Agro’, destacou ainda a criação de infraestruturas de suporte à inovação, como é o caso da Rede Hub Azul Portugal, na qual se inclui o Pólo de Peniche – SmartOcean, que permitirá potenciar as atuais inovações associadas à economia azul.
A Conferência Nacional da Sustentabilidade Brasil, que decorreu na semana passada, entre os dias 11 e 14, pretende afirmar-se como o principal fórum de debate e mobilização sobre sustentabilidade no país, reunindo especialistas, decisores e agentes de mudança em torno de soluções concretas para a transformação socioambiental no Brasil e no mundo.