Um investimento de quatro milhões de euros vai melhorar a eficiência energética em dois edifícios do Politécnico de Leiria, incluindo a produção de energia renovável para autoconsumo, anunciou hoje o presidente do Instituto, Carlos Rabadão.
A empreitada abrange o Edifício D da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Biblioteca José Saramago, ambos no Campus 2 do Politécnico.
Na cerimónia de consignação, Carlos Rabadão explicou que a obra se realiza no âmbito do Fundo Ambiental e é financiada através do Programa de Recuperação e Resiliência, devendo estar concluída até ao final do ano.
A empreitada, para edifícios inaugurados em 2003, contempla quatro vertentes de promoção da eficiência energética e ambiental, a eficiência ao nível da climatização, iluminação, eficiência hídrica, através de sistemas de redução do consumo de água, mas “também a produção de energia renovável para autoconsumo, através da instalação de painéis fotovoltaicos”, acrescentou.
Referindo que o Politécnico de Leiria faz parte da Rede Campus Sustentável Portugal, “destinada a promover a sustentabilidade nas universidades e politécnicos portugueses”, Carlos Rabadão salientou que “esta empreitada alinha com os objetivos desta rede” de cooperação.
“Com efeito, a instituição pretende destacar-se pelo rigor na implementação de práticas mais sustentáveis nos seus campi, pela promoção da literacia para a sustentabilidade junto da comunidade, e pelo fomento de uma cultura socialmente responsável e assente nas melhores práticas ambientais, através do recurso a sistemas energéticos alternativos”.
Carlos Rabadão declarou também que o Politécnico “tem desenvolvido diversos estudos, visando a instalação de equipamentos de produção de energia elétrica para autoconsumo com fontes renováveis”, e promovido “a substituição de equipamentos e instalações”, para o aumento da sua eficiência energética, “apoiado numa monitorização de consumos de energia, água e gás, que permitam maximizar a poupança e minimizar o desperdício”.
“Reabilitar e tornar os edifícios energeticamente mais eficientes, como o Politécnico de Leiria se propõe com este investimento”, permite incrementar a melhoria dos níveis de conforto, melhorar a qualidade do ar interior, reduzir a fatura e a dependência energética, adiantou, destacando que “promove ainda melhorias noutras dimensões do desempenho dos edifícios, em particular dos recursos hídricos”.
Segundo Carlos Rabadão, além desta empreitada, o Politécnico vai avançar com outra intervenção, na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, em Peniche (Campus 4), e no Edifício do HUB de Inovação em Saúde, em Leiria (Campus 5), junto ao Hospital de Santo André.
Nestes dois casos, os trabalhos “vão incidir essencialmente nas questões de eficiência energética ao nível da climatização, iluminação e produção de energia renovável para autoconsumo, que também deverão estar concluídas até ao final de 2025”.
“O conjunto de todas as empreitadas irão corresponder a um investimento total de, aproximadamente, 5,2 milhões de euros (ME), financiados pelo Fundo Ambiental”.
Para o presidente do Politécnico de Leiria, “estas intervenções irão permitir uma redução anual significativa do consumo de energia primária nos edifícios e, consequentemente, redução das emissões de gases com efeito de estufa, assim como uma redução relevante do consumo de água nos edifícios”.