Foram três os selos que o Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), lançou na passada semana com o objetivo de “qualificar e garantir a avaliação da acessibilidade dos materiais e espaços que venham a ser produzidos” na área da inclusão e acessibilidade cultural e comunicacional.
O Selo de Comunicação Acessível certifica os materiais, publicações e conteúdos que cumprem critérios de comunicação inclusiva, assegurando que a informação chega a todos os públicos.
Já o Selo de Livro Multiformato garante que livros, folhetos e guiões cumprem padrões rigorosos de acessibilidade multiformato, tal como os modelos produzidos para museus, património cultural e itinerários religiosos, enquanto o Selo de Espaço Cultural Acessível pretende reconhecer os espaços culturais, como museus, que oferecem condições efetivas de acessibilidade comunicacional para públicos diversos, explica o CRID em comunicado.
“A criação dos selos surge da necessidade de tornar visível e reconhecível o trabalho de acessibilidade que o CRID tem desenvolvido ao longo de quase duas décadas”, adianta Célia Sousa, coordenadora, citada na mesma nota.
O lançamento coincidiu com o 19º aniversário do CRID, que serviu de pretexto para a celebração de um protocolo de colaboração para a promoção de iniciativas promotoras de inclusão e acessibilidade cultural e comunicacional, com o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR).
Nestes 19 anos, o CRID tem desenvolvido projetos pioneiros a nível nacional e internacional, como o “Leiria de Todos + Acessível”, promovendo a acessibilidade a monumentos e museus através de informações em braille, relevo e pictogramas, o “Itinerário Jubilar”, com versões em braille e pictogramas, que “recebeu uma carta de agradecimento do Papa Francisco”, ou ainda “projetos como o Guião Multiformato para o Espaço Litúrgico, permitindo que pessoas cegas, surdas e com incapacidade intelectual acedam plenamente à informação”, refere o CRID.
“Estes projetos mostraram que a acessibilidade cultural e comunicacional transforma a experiência dos públicos, influencia políticas públicas e inspira outras regiões do país. Assim, os selos surgem como uma forma de consolidar esta liderança, garantir qualidade técnica, estimular entidades e criadores a adotarem boas práticas, e facilitar o reconhecimento imediato do que é verdadeiramente acessível”, afirma ainda Célia Sousa, na mesma nota.