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Batalha

Batalha investe 1,5 milhões em ecovias e trilhos para atrair turistas

A paisagem natural e a mobilidade seriam assim alternativa à oferta cultural da vila, que tem o Mosteiro da Batalha como principal referência.

Pia da Ovelha na Batalha

O Município da Batalha vai investir 1,5 milhões de euros em ecovias e trilhos para serem alternativas ao turismo de eventos, atraindo outros turistas no contexto da pandemia da covid-19, anunciou a Câmara.

O investimento neste domínio no turismo natural e ao nível da mobilidade ascende a cerca de 1,5 milhões de euros e conta com cofinanciamento de fundos comunitários (FEDER) de cerca de 85% deste valor, explica uma nota de imprensa.

Segundo a Câmara da Batalha, estão previstos cerca de 795 mil euros na promoção da mobilidade urbana multimodal na vila da Batalha, 502 mil euros para a ecovia Collipo-Vale do Lena, 120 mil euros para a valorização das pedreiras históricas e 62.500 euros para a requalificação de estações ecoparque sensorial da Pia do Urso.

 “Nos últimos anos triplicámos o investimento de ecovias e trilhos do concelho e pretendemos ir mais longe. Desde março, percebendo os efeitos que a pandemia de covid-19 teria no turismo e na necessidade de reinventarmos a nossa oferta, acelerámos as candidaturas e processo de empreitadas de ecovias e trilhos, porque percebemos que o núcleo da nossa montra turística – cultura, gastronomia e eventos – iria sofrer uma limitação tremenda”, justificou o presidente da Câmara da Batalha, Paulo Batista Santos, citado numa nota de imprensa.

Atualmente, a rede de percursos pedestres do Município da Batalha tem uma extensão de mais de 28 quilómetros e existem ainda cinco percursos de BTT sinalizados.

A componente de turismo da natureza é apoiada pelo Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso, que é constituído por um edifício dotado de balneários, instalações sanitárias, área informativa e espaço destinado a lavagens e a pequenas reparações de bicicletas, informa ainda o Município.

O visitante pode desfrutar gratuitamente de uma rede de trilhos cicláveis e devidamente sinalizados, com mais de 300 quilómetros, divididos em quatro níveis de dificuldade que percorrem os concelhos da Batalha, Porto de Mós e Leiria.

“Prevemos que nos próximos dois meses, o Município abra o concurso público para a ciclovia Urbana da Vila da Batalha, compreendida entre a Rotunda da Cidade de Trujillo e o cruzamento com o Casal Novo, no lugar de Casal do Quinta, e que visa requalificar a via, criando condições para a mobilidade urbana através da execução de ciclovia e via pedonal, tendo como objetivo melhorar as condições de segurança para a circulação viária, ciclável e pedonal, reduzindo os acidentes nesta via rodoviária”, revelou ainda o autarca.

Encontra-se também previsto o desenvolvimento de um sistema ‘bikesharing’ situado em área adjacente à Rotunda das Brancas e junto ao edifício da “Casa da Obra”, no qual se pretende reabilitar um antigo edifício para uma residência de estudantes, e visa disponibilizar bicicletas que permitam a deslocação dos estudantes, quer para o centro da vila (deslocações intraconcelhias), quer para o Politécnico de Leiria, promovendo as deslocações interconcelhias em modos suave.

O Município vai ainda construir a ecovia do Vale do Lena e abrir os procedimentos de empreitada do novo percurso pedestre das Pedreiras Históricas e da requalificação de estações do Ecoparque Sensorial da Aldeia da Pia do Urso.

Estes projetos estão integrados em candidatura intermunicipal já aprovada no âmbito da candidatura ao Centro 2020 de “Valorização e promoção do património natural da Região de Leiria”, no valor global de 1,2 milhões de euros, no qual participam ainda os municípios de Batalha, Pombal, Castanheira de Pera e Ansião, todos da região de Leiria.

“A ideia é procurar alternativas para que as pessoas saibam que estamos a trabalhar para terem mais e melhores ecovias para poder andar, correr, passear de bicicleta, desfrutar da paisagem, para além da oferta cultural diversificada, na qual o Mosteiro da Batalha é a principal referência”, acrescentou Paulo Batista Santos.

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