O Ministério Público pediu prisão efetiva para três dos quatro homens acusados de dois assaltos a ourivesarias em Fátima, que culminaram com uma perseguição policial e o encerramento do trânsito na Ponte 25 de Abril, em setembro do ano passado.
Na última segunda-feira, nas alegações finais do julgamento, no Tribunal de Santarém, a procuradora do Ministério Público (MP) deixou cair a acusação referente a um dos assaltos, ocorrido em 28 de agosto de 2024, alegando “falta de prova”.
Contudo, segundo a agência Lusa, afirmou que “não restam dúvidas” sobre a prática do assalto ocorrido em 18 de setembro pelos arguidos, tendo pedido ao coletivo de juízes pena de prisão efetiva para três dos quatro homens.
A procuradora do MP defendeu ainda uma punição mais gravosa para um dos arguidos, por entender que foi o responsável por planear o assalto, acusação rejeitada pelo advogado de defesa por “falta de prova”.
Os três arguidos, com idades entre os 20 e os 26 anos e residentes na Margem Sul do Tejo, eram acusados de dois crimes de roubo agravado e um de detenção de arma proibida, mas a acusação foi reduzida para um crime de roubo agravado, mantendo-se a de arma proibida.
Um dos homens responde ainda por dois crimes de condução sem habilitação legal. Um quarto arguido, de 59 anos, relacionado com o aluguer da viatura usada nos assaltos, não compareceu e foi sancionado com uma multa, tendo, no entanto, sido absolvido pelo MP da sua participação no crime.
O assalto dado como provado teve lugar na manhã de 18 de setembro de 2024 numa ourivesaria em Fátima, onde estavam os proprietários e uma terceira pessoa. Um dos arguidos apontou uma arma ao proprietário, outro empurrou uma pessoa, que bateu com a cabeça num pilar da montra, e o terceiro partiu uma vitrina e um móvel com um martelo, tendo os suspeitos levado dezenas de artigos, avaliados em cerca de 16.500 euros. De seguida, os homens fugiram em direção a Lisboa.