Os agricultores colheram este ano quase 116 mil toneladas de pera rocha do Oeste, produção semelhante à verificada no ano passado e metade da registada em 2021, segundo a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP).
“Pelo quarto ano consecutivo, regista-se uma produção aquém do potencial produtivo, devido às condições climáticas desfavoráveis (nomeadamente precipitação e temperatura na floração) e forte incidência do fogo bacteriano, com impactos inéditos na produção e nos custos de limpeza”, justifica a associação. As 116 mil toneladas correspondem a 89% da produção nacional, estimada em 129 mil toneladas.
A pera rocha colhida em 2024 foi de 114.759 toneladas, o que permitiu ao sector faturar 150 milhões de euros, dos quais 85 milhões com as exportações, explicou a ANP na quarta-feira, dia 1.
A pera rocha, com uma área de cultivo superior a 11 mil hectares, tem 70% da produção exportada para 20 destinos, sobretudo na Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).
A produção tem vindo a diminuir nos últimos anos, tendo a de 2023 (118 mil toneladas) sido a segunda pior desde 2012, segundo dados disponibilizados pela ANP.
Também a área de cultivo tem vindo a diminuir, passando de 11.325 hectares em 2020 para 10.825 em 2023. Os principais concelhos produtores são Bombarral, Óbidos, Caldas da Rainha, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Torres Vedras.