Entende-se a ausência de sinalética à porta: a grande maioria dos clientes é local e todos sabem onde fica esta casa familiar. Mal a porta se abre, não costumam deixar cadeiras vazias. A taberna dos anos 50, reduto de sardinhas e copos de vinho, torna-se restaurante em 1998, quando Manuel José Pires Belo pega no negócio. “Começou com uma caixinha de esferovite com dois ou três robalos e linguados para vender e foi crescendo”, conta o filho, Rui Pires Belo. Em pleno Sítio da Nazaré, nas imediações do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e da lendária Ermida da Memória, entre miradouros, ‘pevideiras’, praias e ondas gigantes, descubra este restaurante que preserva os azulejos no interior, barquinhos de madeira e dizeres típicos nas paredes, como a seguinte quadra: “É modesta a minha casa/ linda, airosa e branquinha/Há nela sempre uma brasa/para assar uma sardinha”. Antes de mais, peça umas petingas fritas ou de escabeche, amêijoas à bulhão Pato, pastéis de peixe confecionados a partir das cabeças, ou as populares sardinhas assadas com pão caseiro. Saúda-se a variedade de peixe fresco para grelhar e servir com batatas cozidas e salada mista, ou para fritar e guarnecer com arroz de tomate malandrinho. Ficará satisfeito com a fartura da oferta, como se vê na caldeirada de peixe, que leva sempre raia, safio e outra
espécie disponível. Depois de saborear as especialidades confecionadas na cozinha orientada por Emília Belo, sacie-se com as mousses caseiras de chocolate e de manga.
Fonte: Região à mesa 2019 e Guia de Bem Comer 2025
