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A Corda: A grande praga

Há uma praga que assola a nossa região, uma espécie nociva ao desenvolvimento de um país, que cresce e se multiplica perigosamente.

Rui Costa, músico rui.costa@regiaodeleiria.pt

Há uma praga que assola a nossa região, uma espécie nociva ao desenvolvimento de um país, que cresce e se multiplica perigosamente. O político tem leis próprias e cria outras para o cidadão comum. O político pode tirar licenciaturas sem estudar, como um atleta de maratona que começa a corrida no dia anterior. Quando o corredor comum inicia a sua maratona já o político cortou a meta, ficando com algum tempo livre para aniquilar outra espécie.

Claro que o político nunca faz a corrida sozinho, pelo contrário, vai sempre montado num desgraçado qualquer que é forçado a cumprir essa missão, porque isso está na lei que o próprio político criou. Este parasita protegido não segue as regras impostas às outras espécies, podendo desta forma cometer vários crimes e ser perdoado por todos os erros que comete, pois nunca será responsabilizado, talvez devido à passividade da espécie dominada. Mas cuidado, o político, tal como o eucalipto, seca tudo à sua volta! Como poderemos resolver uma praga desta magnitude? Uma das formas seria o controlo biológico. Teríamos de encontrar um predador natural que conseguisse eliminar este parasita. O problema é que o predador natural de um político é outro político e, de cada vez, que eles lutam entre si acabam sempre por se multiplicar, visto que acasalam durante essas rixas. A solução passaria pela introdução no seu ecossistema de snipers com uma magnífica pontaria, mas levanta-se uma pequena questão: não é eticamente correcto e…é ilegal!!! Também me parece impossível criar um insecticida que ataque apenas este verme. Mas tudo tem solução! Depois de muito estudar acerca do assunto recorri à teoria da trofobiose, que defende que uma espécie só será atacada por um parasita se tiver na sua “seiva” o alimento que é procurado por ele, no caso de um político: dinheiro!

O político nacional não trabalha para o bem comum como um político nórdico, o nosso parasita trabalha para si mesmo! Enquanto não for possível importar políticos limpos do norte da Europa, resta-nos queimar todo o dinheiro que existe, uma vez que é a grande iguaria desta grande praga que é o político nacional.

(texto publicado a 7 de fevereiro de 2013)