Domingo de manhã.
Ligo o computador e “espreito” pela janela do facebook e vejo o “mundo” lá fora. Há corridas, restos de noite, pequenos almoços de revista, desabafos, gargalhadas, imagens tristes, outras que nos confortam. Há vida “lá fora”… penso.
Continuo a “espreitar” à janela. Há uma imagem que se repete nestas “vidas” que desfilam diante dos meus olhos. Fixo a imagem de um menino de olhar doce. É um vídeo. Clico no play…
Durante 9 minutos fico suspensa em “Cordas”, uma curta metragem espanhola de animação que ganhou o Prémio Goya 2014, realizada por Pedro Solís.
Maria é uma doce menina que vive num orfanato e que criou uma relação muito especial com um novo amigo da turma que sofre de paralisia cerebral.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Um filme de corações grandes que nos faz sentir pequenos.
São 9 minutos de sorrisos que nos amarram. São 9 minutos de gestos que deviam ser de todos nós. São 9 minutos de puro amor que podem mudar uma vida inteira.
São 9 minutos que nos interrogam sobre o que fazemos pelos que são diferentes, que nos fazem refletir sobre os nossos filhos, na forma como os educamos numa geração que desejamos que cresça com o mesmo coração daquela menina de olhar doce.
Que Maria seja a “corda” que nos prende ao desejo de ser melhor.
(texto publicado na edição de 27 de fevereiro de 2014)