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Hoje escrevo assim: Marcas de vida

Ontem, numa corrida de final de tarde, encontrei a Ana, uma amiga do coração, com a qual não estava há imenso tempo.

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Ana Lúcia Bento, empresária ana.bento@inoeh.pt

Ontem, numa corrida de final de tarde, encontrei a Ana, uma amiga do coração, com a qual não estava há imenso tempo.

Depois de uns kms muito ofegantes, sim, porque não conseguimos parar de falar, terminámos a falar de peles! Ah, mas não são peles de raposa, ou coelho, nem da última moda em casacos! São mesmo as nossas peles. Ou melhor, o poder da gravidade sobre elas!

Demos por nós a olhar para os joelhos.

“Deixa-me ver os teus!”

“Ah! Tu ainda não tens os joelhos com as “peles flácidas”! Fiquei a pensar no “ainda” durante alguns segundos.

“Mas tu também não!”

“Pois, mas se não corro nota-se logo!”

Podia ter sido só uma conversa fútil. Vim para casa a pensar em “joelhos”.

A pensar nas marcas que a vida nos deixa. As físicas e as emocionais. As marcas do tempo, da adolescência, da paixão, do amor, dos excessos, dos encontros e desencontros, das surpresas, etc. Elas fazem parte da biografia da nossa vida. Uma biografia escrita, ilustrada e muitas vezes com páginas em branco. Mas esta é a nossa história de vida.

Cabe-nos apenas a nós, escolher como a queremos escrever! Um romance histórico? Uma comédia? Um drama? Eu escolho um pouco de todas! Que a nossa vida seja repleta de marcas! Porque isso, é viver muitas vezes numa única história!

Uma história com um final feliz!

(texto publicado na edição de 19 de junho de 2014)