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Hugeek: “nunca te distraias da vida”, MF

Foste demolidor, poderias morrer da doença mas foste claro que não te iria matar – não matou.

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Hugo Menino Aguiar, presidente da Associação Fazer Avançar hma@fazeravancar.org

A mudança no terceiro setor tem que ser revolucionária e não evolucionária. E esta revolução começa dentro de nós. Tenho tido a sorte de conhecer alguns agentes desta revolução e quero dar o meu melhor a favor da área social.

Além disso, sentir que tenho impacto na vida de alguém faz-me sentir apaixonado, útil e vivo. Por tudo isto deixei a posição que tinha na Google e desafiei-me a trabalhar na área social. Estou entusiasmado com o desafio e com o facto de encontrar o meu caminho. Seguir a multidão é sempre um falhanço, é como numa corrida seguir sempre quem está à frente.

Estarei a dar o melhor, em equipa, para tentar mudar vidas para melhor, com profissionalismo e a contribuir para um terceiro setor profissional e sustentável.

Foi difícil tomar a decisão? Foi. Tenho medo? Tenho. É um passo atrás? Talvez, mas só para ganhar impulso.

Os dois momentos da semana

1 – A cidade voltou a sorrir, desta vez com o projeto “We are happy from Leiria”. Desde 2012 que, em Leiria, se faz awareness sobre a importância da felicidade e se partilham resultados de investigação na área da felicidade. Sorrir não é tudo mas é fundamental. Parabéns Leiria!

2 – Manuel Forjaz partiu

Tu não me conheces mas eu conheço-te bem. Segui o que foste dizendo e escrevendo. Temos amigos em comum que, ao longo do tempo, transmitiram bem a tua personalidade e mensagem. Ouvi-te pela primeira vez há 5 anos, a tua perspetiva sobre a forma como usamos o nosso tempo e a importância do que aprendemos na faculdade foi o que, inicialmente, prendeu a minha atenção. Evito histórias tristes porque me deixam de rasto mas, mesmo assim, nestes últimos tempos, segui como podia o teu progresso. Foste demolidor, poderias morrer da doença mas foste claro que não te iria matar – não matou. Deste-nos uma lição sobre como encarar a vida e vivê-la. Obrigado pela inspiração, por me fazeres questionar e por me mostrares o quão distraído da vida às vezes eu estou (a expressão é tua mas faz-me sentido aqui). Obrigado e até sempre Manuel.

(texto publicado na edição de 10 de abril de 2014)