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Hugeek: Portugal Europeu

Sou tuga! Para mim Portugal é o melhor país do mundo.

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Hugo Menino Aguiar, presidente da Associação Fazer Avançar hma@fazeravancar.org

Sou tuga! Para mim Portugal é o melhor país do mundo. É difícil perder uma discussão sobre o melhor destino de férias, melhores vinhos, azeites, gastronomia ou exemplos de inovação. Orgulho-me dos sucessos de Portugal e dos portugueses. Orgulho-me dos portugueses que impulsionam os outros em vez de serem um peso para o crescimento do “outro”. Claro que me faz comichão chegar ali ao aeroporto e ver o taxista pronto para levar o turista para o Parque das Nações e optar pelo caminho “mais próximo” ali por Cascais, ou ouvir aqueles que não fazem nada mas dizem mal de tudo o que se faz. No entanto, sinto-me sempre português. E europeu?

Hoje vou estar na iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos – “Portugal Europeu. E agora?” a explicar em que medida é que a minha experiência de vida foi influenciada pela Europa e de que forma a experiência europeia muda a perspetiva de cada um.

É incrível perceber que a minha experiência é de facto marcada pela Europa. A Europa permitiu-me tirar um curso reconhecido em qualquer lado, proporcionou-me o programa Erasmus numa altura em que estava desiludido com tudo e todos e que voltasse cheio de energia para dar o melhor. Mostrou-me o valor pela diversidade cultural, pela diferença, mostrou-me que há problemas que não respeitam fronteiras e que requerem uma Europa unida com toda a sua diversidade para criar soluções. Per­mitiu-me ainda viajar, viagens que me sensibilizaram para outras realidades e problemas sociais. Num estilo de efeito borboleta, contribuiu para que regressasse a Portugal com uma missão social, com vontade e conhecimento para ajudar a resolver problemas, primeiro os meus, depois os do vizinho.

A integração na União Europeia mudou percursos académicos e profissionais, deu-nos mobilidade, permitiu que tivéssemos melhores amigos espalhados pelo mundo, mudou as pessoas com quem casamos e os lugares onde passamos a vida. Temos mais oportunidades de escolha onde quer que elas se encontrem. Sinto que a Europa permitiu que saísse da minha zona de conforto e recompensou-me por fazê-lo.

(texto publicado na edição de 12 de setembro de 2013)