Estamos no defeso que antecede a pré-época das autárquicas. Abordarei por isso o que me parece poder estar em causa nesse ato eleitoral.
O normal será evidenciar o que não foi feito agora e apresentar uma lista de prometimentos. E não me parece que devamos voltar a ir por aqui. A situação financeira da autarquia é hoje razoavelmente conhecida. Já ninguém, de cá, poderá invocar surpresa… Mais milhão, menos milhão a divida é de estadão!
Quanto a promessas também estamos conversados. A mais leve brisa leva-as.
Devem aparecer equipes coesas, com ideias claras e capacidade de mobilização conducente a uma eficaz implementação. Existem constrangimentos legais que dificultam uma eficaz racionalização dos recursos humanos, dificultando um melhor aproveitamento cabal do capital humano, que abunda… Importa conseguir aproximar os funcionários e as suas competências aos munícipes e às suas necessidades.
A identificação das carências em cada freguesia e o estabelecimento de um plano de investimento concelhio, que saia fora da lógica das “negociações” com cada presidente de junta, impõe-se. Até porque Orçamentos reais vão ter que continuar a ser uma miragem…
Para candidatos e eleitores chegou a hora de assumir compromissos reais. Uns deixarem de vender ilusões, os outros não quererem comprar galinha gorda por pouco dinheiro…
(texto publicado na edição em papel de 13 de abril de 2012)
