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Desporto

Bootcamp. O desafio de praticar exercício físico ao ar livre

O conceito, inspirado nos treinos militares, chegou a Leiria há menos de um ano. Calçámos as sapatilhas, participámos numa sessão e contamos como foi.

Se não vai ao ginásio porque não gosta de espaços fechados, e não faz exercício por não ter companhia, já não tem desculpa. O “bootcamp” chegou há menos de um ano a Leiria e propõe aulas de grupo ao ar livre inspiradas nos treinos militares.

Norberto, Sónia, José Albino, Ana , Nuno, Ricardo, Tatiana, Sandra, Carla e Paulo (fotografia: Joaquim Dâmaso)

Quinta-feira, houve aula e não quisemos deixar a experiência em mãos alheias. Calçámos as sapatilhas e fomos ver como era. O cenário não podia ser mais agradável.

Com a Mata dos Marrazes em pano de fundo, junto-me ao grupo do Fitprojet, às 20 horas em ponto. O sol ainda brilha, o vento sopra fraco: o ideal para me aventurar pelo meio de um labirinto natural que, confesso, desconhecia.

Qual “G.I. Jane” (filme em que Demi Moore encarna o papel de um militar), estava preparada para suar as estopinhas. E assim foi.

Com a equipa reunida, entramos na mata em passo de corrida por caminhos de terra batida e piso irregular, muito diferente da passadeira a que estou habituada. Enquanto procuro ajustar a respiração, vem a subida. Puxadita até, mas nada que impeça os meus companheiros de gracejar: prova de que os treinos a que se entregam desde outubro estão a dar frutos. Eu, mal consigo falar.

Enveredamos por caminhos forrados de caruma. No total, corremos oito minutos rumo às traseiras do cemitério, onde o instrutor nos espera com um circuito montado. Para 50 minutos de aula, o tempo de descanso tinha de ser curto.

Aproveitamos para recuperar enquanto José Albino, “personal trainer”, explica cada um dos seis exercícios programados.

“Força, pessoal!”

Carla Guerra, fisioterapeuta e sócia de José Albino, acompanha-me. Começamos pelo “spider plank”: 30 segundos com os antebraços no chão, em posição de prancha, a puxar alternadamente os joelhos até aos cotovelos. Grau de dificuldade médio mas exigente, sobretudo quando recebemos ordem para sermos “mais rápidas”. Mais ainda? “Embora pessoal. Força”.

O dinamismo impera. Não há tempo a perder. Rodamos. Passo para o TRX (treino em suspensão com elásticos) para exercitar braços e ombros enquanto Carla faz flexões. Os 30 segundos já não parecem tão pouco.

Corro mais 100 metros, ofegante, em direção à barra que tenho de percorrer em suspensão – o exercício, admito, mais difícil para
mim. “Troca!”.

Regressamos aos outros aparelhos para uns “lunges” e um novo treino com elásticos. A boa disposição mantém-se apesar de o instrutor não dar descanso. “Mais rápido. Descansam amanhã”, incentiva, enquanto corrige posturas e controla o relógio.

Terminada a primeira volta, dá ordem para nova corrida. São mais quatro minutos por caminhos que a equipa já conhece, antes de voltar ao circuito, a que dá mais duas voltas.

A aula entretanto está quase no fim. Bebe-se água e alonga-se. Estamos prontos para mais uma corrida, de regresso ao ponto de partida.

Mais curto e a descer, o trajeto acaba por ser mais fácil. Nada que alguém menos treinado não consiga acompanhar.

O Fitproject, com sede no Centro Internacional de Ténis dos Pousos, Leiria, pode ser contactado pelo telefone 917 769 566 ou e-mail geral@fitproject.com.pt. O site é www.fitproject.com.pt.

(Leia a reportagens completa na edição de 20 de julho de 2012)

Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt


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