São a ferramenta ideal para satisfazer a curiosidade dos gatos. Os bigodes ajudam-nos a equilibrar-se e a entrar em caixas e caixotes sem tropeções. Cortar é verbo proibido.
Dão estilo, revelam o feitio dos gatos e, sobretudo, ajudam-nos na mobilidade e orientação. Os bigodes são um verdadeiro GPS que deve ser admirado e preservado, sejam longos, curtos, mais finos ou mais grossos.
Este elemento, que pode parecer básico para alguns donos de felinos, é fundamental para o seu bem-estar e influência directamente o seu comportamento. Por exemplo, é através dos bigodes que os gatos transmitem a sua alegria, irritação ou ansiedade.
Mas mais que um orientador comportamental, são os digníssimos moustache que ajudam à mobilidade do animal. “Os bigodes são sensitivos e estão enraizados, ao contrário do pêlo. Detectam o movimento do vento e ajudam o gato a medir qual a janela por onde podem passar e a porta que podem atravessar para satisfazer a sua curiosidade”, explica Firmino Coutinho, veterinário numa clínica em Milagres, Leiria.
Cortar os bigodes, como se corta o pêlo, é um acto proibitivo. “Há quem o faça por maldade ou desconhecimento, mas isso provoca durante algum tempo o retrocesso na confiança do animal”, explica o veterinário.
No entanto, quando cortados, os bigodes voltam a crescer no espaço de três a seis meses.
E neste leque de bigodes a preservar estão incluídos os “clips” que existem por cima dos olhos e os pêlos mais grossos existentes nas patas. “Sobretudo é necessário garantir os cuidados mínimos de higiene e bom senso, para que o animal se sinta bem”, acrescenta.
Marina Guerra