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Sociedade

Falta de vontade política arrasta projeto de despoluição do Lis no tempo

A conclusão é de uma tese de doutoramento que estuda as razões de insucesso das políticas de saneamento básico e a não despoluição do Lis. O problema subsiste sem fim à vista.

18 de dezembro. O grupo do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Leiria deteta em flagrante delito, uma descarga de efluentes suinícolas para a Ribeira dos Milagres, em Leiria.

Suiniculturas são responsáveis por 80% da carga poluente da bacia hidrográfica do Lis, segundo dados da Recilis de 2009 (fotografia: Joaquim Dâmaso)

Este é só mais um episódio de muitos que marcam a (longa) história do processo de despoluição da bacia hidrográfica do rio Lis. São mais de 50 anos de avanços e retrocessos e onde a última peça – a Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES) – parece ser cada vez mais uma utopia.

José Gomes Ferreira, sociólogo doutorado em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, lançou-se no desafio de estudar as razões do insucesso das políticas nacionais de saneamento básico, com especial enfoco na bacia hidrográfica do Lis, muito por causa da longevidade que o tema ocupa na agenda cívica e mediática da região e do país.

E as conclusões são claras. Ao longo de todo este tempo, com vários partidos no poder, o problema não se resolveu por “falta de vontade política do poder central e local”, uma “enorme permeabilidade do Estado face aos argumentos de quem polui e incapacidade da administração pública punir os infratores”, revela o autor do trabalho.

A ausência de uma estratégia nacional, associada a metas inatingíveis , muitas vezes adiadas, e a desconfiança entre os principais intervenientes, fez arrastar ainda mais a meta da despoluição, acrescenta.

Leia a reportagem na íntegra nas páginas 6 e 7 da edição de 28 de dezembro de 2012. Pode adquiri-la online aqui.

Marina Guerra
marina.guerra@regiaodeleiria.pt

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