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Sociedade

Homicida de Formigais condenado a três anos em hospital psiquiátrico

António Henriques Santos, assassino confesso da mulher, em Formigais, Ourém, foi condenado esta tarde a uma “medida de segurança” de um mínimo de três anos num hospital psiquiátrico.

António Henriques Santos, assassino confesso da mulher, Maria do Carmo Santos, em Formigais, Ourém, foi condenado esta tarde a uma “medida de segurança” de um mínimo de três anos num hospital psiquiátrico.DSC_0063

O coletivo de juízes do Tribunal Judicial de Ourém deu como provado que o homem de Formigais sofre de doença afetiva bipolar, manifestando na altura do crime, cometido a 18 de maio de 2013, comportamentos delirantes e paranoicos. Foi ainda condenado a pagar uma indemnização total de 111 mil euros aos cunhados, por perda do direito de vida e danos próprios.

A presidente do coletivo, Cristina Almeida e Sousa, referiu que foram determinantes os relatórios dos três peritos em psiquiatria chamados ao julgamento. Apesar de estes se contradizerem nas conclusões, um dos peritos reconheceu em tribunal que desconhecia o historial clínico do réu. António Santos foi assim considerado como de uma imputabilidade diminuída. Ou seja, apesar de ter noção que cometeu uma ação errada, a sua capacidade de avaliar os fatos e controlar os impulsos estava bastante deteriorada na altura do crime.

Não tendo condições para se medicar sozinho e quase sem família, foi imputada ao réu uma medida de segurança de um mínimo de três anos num hospital psiquiátrico. Após este período, António Santos fica sujeito a avaliações de dois em dois anos, até um máximo de 18 anos. Quando manifestar melhorias na sua saúde e não representar mais perigo, poderá sair em liberdade. Por enquanto “está aqui um barril de pólvora”, afirmou a juíza ao justificar a decisão.

Aos quatro irmãos da vítima, que exigiam uma indemnização de 198 mil euros, o coletivo de juízes entendeu que deve ser pago um montante de 65 mil euros ao todo por perda do direito de vida. Já no que toca a danos próprios, cada irmão deverá ainda receber uma quantia, entre 10 mil a 13 mil euros, consoante a proximidade que tinham com Maria do Carmo.

O advogado da família, Humberto Antunes, vai avaliar a possibilidade de um recurso.

Cláudia Gameiro
claudia.gameiro@regiaodeleiria.pt

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