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Cultura

A Porta. A festa de Leiria em forma de arte

Os jantares com estranhos foram servidos nos dias anteriores, terça e quarta-feira. Mas agora chegam concertos, artes visuais, cinema, oficinas criativas, festas e feiras e muito mais. O festival A Porta está aí para surpreender-nos até 4 de junho.

Uma programação multidisciplinar de 19 concertos, cerca de 30 artistas regionais e nacionais e 15 oficinas dão forma a esta organização do coletivo Meia-Dúzia e Meia de Gatos Pingados, um festival descontraído e arejado, que comemora o terceiro ano de vida em grande forma. A fama começa a espalhar-se pelo país e as inscrições para os tais jantares temáticos (francês, maltês, cubano e grego) esgotaram num ápice.

Hoje, dia 1 de junho, chega a música à Villa Portela, com Sean Riley & The Slowriders. “Há uma vontade enorme em sedimentar aqui, em Leiria, uma cadência mais regular nas atividades culturais, sair um pouco outside the box”, afirma Gui Garrido, um dos organizadores d’A Porta.

Após a abertura com “concerto de gala” hoje, 1 de junho, a animação estende-se nos próximos dias a espaços incontornáveis: Rua Direita, Jardim Luís de Camões e Parque do Avião. Bem no centro da Rua Direita, a Casa Plástica é uma espécie de “olho de furacão” criativo: volta a receber diferentes manifestações artísticas, sob o tema “Cidades invisíveis”, mas desta vez fica visitável até 10 de junho. Para lá do festival, a Casa Plástica abre das 15 às 20 horas.

E porque as famílias são fundamentais n’A Porta, há A Portinha, espaço infantojuvenil realizado em conjunto com a InPulsar: é lugar de contos, desenhos e teatro. Durante o fim de semana, as ruas serão tomadas pelo comércio, espaços de exposição – como as feiras Bandida e Independente – e pelo convívio e animação.

A música alternativa não falta. Depois dos Sean Riley & The Slowriders, ganha vida o palco noturno do festival, no Jardim Luís de Camões. Será a casa de diversas bandas de hard rock clássico, garage e surf. Domingo o festival muda-se para o Parque do Avião, que se transforma num salão de festas para todos.

E o futuro? A organização pensa criar condições para avançar com residências artísticas, um espaço de ateliers e um circuito de programação musical noutro espaço da cidade do Lis. “Gostaríamos de fazer muito mais, é verdade, mas infelizmente não temos equipa para tal. É difícil poucas pessoas magicarem mil novas ideias”, assume Gui.

Mas dificuldades não emperram estas fechaduras e todas as  1001 portas do festival abrem transversalmente, a todo o tipo de gostos. “É  muito de lançar sementes e perceber qual é o terreno mais fértil, onde é mais permeável para crescer e perceber o que é válido e necessário”, afirma Gui Garrido. Está aberta A Porta.

Destaques

Rua Direita
A Casa Plástica, edifício que guarda muitas memórias e aguarda novo futuro, está aberta todos os dias de A Porta (e até 10 de junho), cheia de performances, pintura, escultura, fotografia e filmes
Villa Portela
O futuro Centro de Artes de Leiria vai encher: são esperadas 300 pessoas para o concerto Sean Riley & The Slowriders hoje, quinta-feira, pelas 21h30. Os bilhetes custam 12 euros (é uma das poucas atividades pagas)
Jardim Luís de Camões
Noites de  rock com jogos de guitarra, baixo e bateria. Amanhã, dia 2, o palco terá como bandas Them Flying Monkeys, Stone Dead e  Ouzo Bazooka. No sábado, The Twist Connection, Galgo e The Poppers também espalham o som alternativo e a pujança do rock
Parque do Avião
Pedalar em “gaivotas”, ouvir contos, andar de bicicleta, desfrutar de concertos, fazer um piquenique, entre outros convívios para passar o domingo, dia 4, com família e amigos, nas margens do rio Lis
Toda a programação e outras informações em www.festivalaporta.com

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