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“Incêndios florestais serão a principal causa de declínio da área de pinhal”

João Gonçalves, presidente do Centro Pinus, associação sem fins lucrativos que reúne os principais agentes da fileira do pinho, fala dos desafios do pinheiro-bravo, espécie que continua a perder terreno. E afinal é, explica, de importância estratégica e, na região, abarca um sector económico dinâmico.

REGIÃO DE LEIRIA – Tem defendido a valia da fileira do pinheiro-bravo, no entanto, nos últimos anos, esta espécie tem vindo a perder terreno no País e, também, na Região de Leiria. O eucalipto, por outro lado, parece estar a ganhar espaço florestal. Esta é uma dinâmica saudável?
JOÃO GONÇALVES – O pinheiro-bravo é uma espécie relevante para a região, quer como definidora da sua paisagem e identidade cultural, quer na sua relevância para o emprego e a economia, sem esquecer as funções ambientais como a proteção do solo, da água e o combate às alterações climáticas através do armazenamento de Carbono.
Infelizmente, verificou-se na região uma perda de área de pinheiro-bravo de 26,8% entre 1995 e 2015, semelhante à que aconteceu a nível nacional no mesmo período (27%). A dinâmica que mais nos preocupa são os incêndios florestais, que serão a principal causa de declínio da área de pinhal. O pinheiro-bravo tem uma excelente capacidade de regeneração natural após os incêndios, mas, quando estes ocorrem em pinhais ainda jovens, sem semente suficiente, o pinhal desaparece e é substituído, geralmente por matos, devido ao abandono

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