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Saúde

Misericórdia da Batalha quer estender ação à Promoção da Autonomia e saúde mental

Em dia da visita de duas ministras ao Centro Hospitalar instalado nas Brancas, o provedor revelou a intenção de alargar os serviços da Misericórdia da Batalha a outras áreas.

As ministras Marta Temido (à direita) e Ana Mendes Godinho foram recebidas na Batalha pelo presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, e pelo provedor da Misericórdia, Carlos Agostinho Monteiro (à esquerda) Foto: CMB

No dia da entrada em funcionamento do moderno lar de idosos inaugurado no sábado, a Santa Casa da Misericórdia da Batalha recebeu a visita não de uma mas de duas ministras: Marta Temido e Ana Mendes Godinho, respetivamente ministra da Saúde e ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, estiveram esta segunda-feira, 7 de junho, nas Brancas, para conhecer o projeto do Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição.

A visita assinalou o 15º aniversário da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, da qual faz parte a unidade da Batalha desde 2007, orgulhosamente descrita pelo provedor da Misericórdia da Batalha como “um hospitalzinho geriátrico”.

Carlos Agostinho Monteiro especificou que, ali, os utentes beneficiam “das sinergias da existência de uma unidade de radiologia, de uma unidade fisioterapia, terapia ocupacional, etc… É um projeto com mérito, que já teve o referencial internacional de qualidade da Joint Commition International, um padrão dificílimo”, lembrou às representantes do Governo.

Mas nem só de passado e de presente se faz a obra da Misericórdia da Batalha. “Estamos disponíveis para outros projetos, projetos que ambicionamos”, disse o provedor, lembrando o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR):

“Julgamos que PRR pode ser, de alguma forma, a expressão desta nossa vontade de fazer melhor e de disponibilizar à população mais iniciativas com qualidade”, avançando com a intenção de criar uma Unidade de Dia e Promoção da Autonomia, “projeto que já candidatámos à Administração Regional de Saúde há dois, três anos” mas, também, assumindo vontade de “redescobrir a vocação do início deste projeto – este foi durante muitos anos o hospital psiquiátrico de Leiria”.

“Nos Cuidados Continuados todos os dias nos entram doentes que precisam de cuidar da saúde mental. Nesse sentido, estamos disponíveis para redescobrir essa vocação. Para podermos estar ao serviço dos cuidados de saúde domiciliários na área da saúde mental e também na área reabilitativa”, vincou Carlos Agostinho Monteiro. 

A ministra Ana Mendes Godinho salientou a importância de projetos como o da Misericórdia da Batalha para responder “aos desafios demográficos” de Portugal:

“Mais de 20% da nossa população tem mais de 65 anos, É crítico e urgente este aumento da capacidade de resposta nas várias dimensões: seja na Rede de Cuidados Continuados, seja no Apoio Domiciliário, seja no reforço das Respostas de Autonomização, seja também nas Respostas Residenciais para Pessoas Idosas”.

Marta Temido vincou: “Foi graças aos nossos impostos que foi possível materializar” a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que permite uma “abordagem integrada” a “necessidades que são hoje diferentes daquelas que existiam há alguns anos”.

Lembrando que o país está “em dupla transição, demográfica e epidemiológica”, a ministra da Saúde citou dados da OCDE que apontam Portugal como “o terceiro país com maior percentagem de pessoas com mais de 65 que vivem com duas ou mais doenças crónicas”.

“Não só somos apenas mais envelhecidos, como temos cada vez mais doenças crónicas que nos acompanham durante um longo período de tempo”, disse, defendendo a necessidade de apostar “em unidades como esta [da Misericórdia da Batalha], que têm vocação de proximidade”, enquanto alternativa para quando não é possível “tratar as pessoas onde se sentem melhor: na sua casa”. 

À margem da visita às instalações nas Brancas, a ministra da Saúde avançou que o Certificado Digital de vacinação contra a Covid-19 está em desenvolvimento, podendo conhecer “alguns avanços” ja na segunda quinzena de junho, ainda antes do prazo estipulado para arrancar em todos os estados-membros da União Europeia (1 de julho).

O Certificado Digital garantirá “uma forma de todos termos, com maior segurança, maior facilidade e confiança, algum regresso à normalidade”, disse Marta Temido, que prometeu também empenho do Governo para “permitir e criar melhor motivação e atratividade ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, em resposta à notícia de dezenas de saídas dos quadros da saúde com o fim do estado de emergência.

“Naturalmente pessoas que já tinham os seus projetos de vida antes do início da pandemia e que, no fundo, continuaram a colaborar com o SNS ao abrigo de regimes excecionais, têm agora a possibilidade de fazer as escolhas que já antes tinham antecipado”.

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