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Figueiró dos Vinhos

Aprovada segunda Área Integrada de Gestão da Paisagem em Figueiró dos Vinhos

Depois da Aguda e agora do Alge, município quer alargar esta iniciativa a mais áreas do concelho.

A Câmara de Figueiró dos Vinhos viu aprovada uma segunda Área Integrada de Gestão da Paisagem (AIGP), de 939,45 hectares e um financiamento global de 37.273,40 euros.

A nova AIGP está situada em Alge, freguesia de Campelo. A primeira situa-se na freguesia da Aguda, tem uma área de 942,6 hectares e um financiamento de 23.311 euros.

À agência Lusa, Gonçalo Brás, do Gabinete da Presidência, justificou que a apresentação de uma segunda candidatura se deveu ao facto de a Câmara pretender “abranger a maior área possível do concelho em Área Integrada de Gestão da Paisagem” face aos problemas existentes.

Neste âmbito, apontou “as vulnerabilidades aos incêndios florestais”, exemplificando ainda que são áreas que “não estão devidamente aproveitadas do ponto de vista produtivo e, por isso, sem capacidade de gerar receita”.

Gonçalo Brás referiu igualmente que se trata de zonas com “alguns problemas ambientais, como espécies invasoras”, e que potenciam “insegurança junto de infraestruturas e aglomerados populacionais”.

“E são áreas que também sofrem de abandono”, destacou.

Segundo Gonçalo Brás, com esta iniciativa, Figueiró dos Vinhos vai “intensificar o trabalho em curso do cadastro simplificado, promover a constituição de entidades gestoras destas áreas e, depois, elaborar o conjunto de operações a executar”.

A autarquia estima que na primeira AIGP do concelho existam “mais de dois mil artigos rústicos”.

“O concelho ganha gestão do território, ganha redução das vulnerabilidades, nomeadamente risco de incêndio, valorização paisagística, com os benefícios que isso pode trazer ao nível da atividade turística, e ganha rentabilidade económica, por via da implementação de outras espécies”, declarou.

Gonçalo Brás adiantou que o município quer alargar esta iniciativa a mais áreas do concelho, porque “grande parte apresenta estes problemas estruturais”.

De acordo com o ‘site’ da Direção-Geral do Território, as AIGP “visam uma abordagem territorial integrada para dar resposta à necessidade de ordenamento e gestão da paisagem e de aumento de área florestal gerida a uma escala que promova a resiliência aos incêndios, a valorização do capital natural e a promoção da economia rural”.

“Nestas áreas serão criadas as condições necessárias para o desenvolvimento de Operações Integradas de Gestão da Paisagem a executar num modelo de gestão agrupada da responsabilidade de uma entidade gestora e suportada por um programa multifundos de longo prazo que disponibiliza apoios ao investimento inicial, às ações de manutenção e gestão ao longo do tempo e à remuneração dos serviços dos ecossistemas”, refere.

Numa primeira fase foram constituídas 47 AIGP no país, enquanto na segunda 23, de acordo com esta direção-geral.

Em dezembro passado também Ourém anunciou a constituição de uma AIGP, denominada “Serras do Norte de Ourém”, abrangendo o território de três freguesias do concelho.

Com Lusa

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