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Sociedade

Incêndios que começaram no final da semana em Ourém e Pombal “ainda não estão estabilizados”

As duas ocorrências mobilizam, em conjunto, mais de mil operacionais, com mais de 300 viaturas e oito meios aéreos.

Joaquim Dâmaso/ Foto de Arquivo

O aumento da temperatura no decorrer do dia, principalmente no período da tarde, tem colocado dificuldades aos operacionais que combatem os incêndios. Em Portugal mantêm-se cinco fogos ativos, dois deles na região de Leiria.

O incêndio de Ourém, que deflagrou na quinta-feira, dia 7, em Cumeada, “ainda não está estabilizado”, embora “boa parte do perímetro do incêndio se encontre já em fase de rescaldo e consolidação”, conforme explicou o comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, no balanço efetuado aos jornalistas, às 19 horas.

Contudo, neste incêndio que atinge também os concelhos de Alvaiázere e Ferreira do Zêzere, as condições meteorológicas têm dado origem a “reativações explosivas e muito difíceis de combater logo na primeira hora”.

Segundo os dados divulgados pelo comandante da ANEPC, desde quinta-feira, nesta ocorrência, há registo de cinco habitações e dois anexos “danificados pela ação direta do fogo”.

Por precaução foi necessário evacuar as aldeias de Charneca, na freguesia de Fátima (Ourém), Abades e Casal do Rei, na União de Freguesias de Freixianda, Ribeira do Fárrio e Formigais (Ourém) e Lumiar e Ameixieira, na freguesia de Pelmá (Alvaiázere).

Às 20 horas, permaneciam no local 686 operacionais, apoiados por 220 veículos e seis meios aéreos.

O incêndio que começou em Vale da Pia, no concelho de Pombal, na sexta-feira, dia 8, “cria ainda alguma preocupação e ainda não está estabilizado”, explicou André Fernandes.

Ao final da tarde de ontem, sábado, o território de Pombal já não era afetado pelo fogo, mas as chamas tinham avançado para Alvaiázere e Ansião, concelho onde estava centrada a maior preocupação das autoridades.

O comandante da ANEPC adiantou que, até esta hora, várias aldeias foram evacuadas, nomeadamente Ramalheira, na freguesia de Pousaflores (Ansião). Duas habitações ficaram com danos provocados pelo incêndio.

Há ainda registo de um ferido grave, um bombeiro, “que sofreu uma queda” e ficou com “uma fratura exposta” no pulso, adiantou André Fernandes.

Este incêndio poderá progredir para o concelho de Ferreira do Zêzere, embora mantenha ainda alguma distância: “Ainda está distante do incêndio de Ourém cerca de 5 quilómetros e é objetivo primário conseguir consolidar o incêndio nas próximas horas”.

Cerca de 440 operacionais combatiam este fogo às 20 horas, acompanhados por 137 viaturas e dois meios aéreos.

No dia em que Portugal registou, até às 18h30, 107 incêndios, o comandante da ANEPC sublinha que “a melhor forma de evitar incêndios é preveni-los” e que todos os cuidados devem ser reforçados, como não fazer fogo, nem usar máquinas.

(notícia atualizada às 20h30 de 10 de julho para correção do título: o incêndio em Ourém deflagrou na quinta-feira, dia 7, e o fogo que começou em Pombal teve início na sexta-feira, dia 8)

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