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Pedreira do Galinha: Um passeio de milhões de anos impresso na serra

No Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém/Torres Novas identificam-se cerca de 1.500 pegadas que formam trilhos de diversos dinosauros.

Uma recente operação de geoconservação permite agora destacar a coloração natural das pegadas, revelando-as nítidas aos olhos dos visitantes Joaquim Dâmaso

Há cerca de 175 milhões de anos, os dinossauros passeavam-se por zonas lamacentas do litoral. Esse litoral propício para o quotidiano jurássico é hoje serra, a largos quilómetros do mar, demonstrando a intensidade das movimentações da crosta terrestre, ainda que praticamente indetetáveis à escala da vida humana. Consequentemente, nos dias de hoje, para visitar um dos maiores trilhos de dinossauro do mundo, é necessário subir à serra de Aire.

Em meados dos anos 90, as pegadas felizmente denunciadoras da atividade dos saurópodes, foram descobertas na Pedreira do Galinha, na altura usada para a exploração de brita. A importância da descoberta motivou a intervenção do Governo.

O local, já integrado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, passou a ser designado de Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém/Torres Novas. Nasceu, muito graças às cerca de 1.500 pegadas que formaram trilhos diversos, e que, em 1996, o diploma que instituía o monumento natural já especificava serem pelo menos duas dezenas. Entre os trilhos pelo menos um par de trilhos estava entre os mais longos do mundo, com 147 m e 142 m de comprimento. Surgia assim um monumento visitável. E se antes os trilhos podiam revelar-se menos óbvios para olhos menos treinados, uma recente operação de geoconservação, o ano passado, evidenciou a coloração natural das pegadas, revelando-as nítidas.

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