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Há uma pequena revolução a acontecer no Museu Joaquim Correia para completar o sonho do mestre escultor

Há 25 anos abria na Marinha Grande o espaço que guarda a obra e memória do escultor e medalhista. No dia 17 de dezembro fez-se a retrospetiva do que passou e discutiram-se ideias para o futuro.

Quase meia centena de convidados e curiosos participaram na tertúlia “25 anos do Museu Joaquim Correia, e agora?” CMMG

Mesmo que a referência seja modesta (em média, 500 visitantes por ano, ou até menos), quintuplicar o número de visitantes é obra. O Museu Joaquim Correia (MJC) está a aproveitar a comemoração dos 25 anos para ganhar nova vida, com atividades diversificadas que já levaram mais de 2.700 pessoas cruzar a grande porta do vistoso palacete amarelo no centro da Marinha Grande. No sábado, 17 de dezembro, quase meia centena de convidados e visitantes juntaram-se a esse movimento, na tertúlia que o museu promoveu para fazer a retrospetiva do primeiro quarto de século e, sobretudo, perceber para onde pode e quer ir.

Pintores, escritores, investigadores, responsáveis educativos, dirigentes associativos, museólogos e até o diretor da ESAD das Caldas da Rainha e a comissária intermunicipal do Plano Nacional das Artes, além de familiares de Joaquim Correia e curiosos, juntaram-se no pavilhão onde habitam as gigantes estátuas de gesso do mestre para conversar na tertúlia “25 anos do Museu Joaquim Correia, e agora?”.

“Foram lançadas diversas ideias para o futuro e percebeu-se que a comunidade começa a ver o MJC como uma valência importante no seio da comunidade, quer para a componente associativa quer para a componente educativa”, resumiu ao REGIÃO DE LEIRIA a chefe de Divisão da Cultura da Câmara da Marinha Grande. Para Ana Carvalho, um dos grandes desafios é garantir um museu mais próximo da sociedade, de forma a deixar de ser o objeto estranho que ainda é para muitos, mesmo 25 anos após a abertura. A começar, desde logo, por quem é da Marinha Grande. Esse foi um dos aspetos mais referidos nas intervenções no encontro de sábado.

“Ali começou-se a planear como virar este museu para a comunidade”, nota a responsável. A fórmula inclui ideias como “abrir de portas para que possa ser um espaço de ensino não formal”, o relacionamento entre artistas e o espaço como “até agora não tinham equacionado”, ou o envolvimento com instituições de ensino superior da região, como a ESAD.CR. E, também, com outros museus, como os das Caldas da Rainha, explorando afinidades com a obra de Joaquim Correia, autor das estátuas de Afonso Lopes Vieira e Francisco Rodrigues Lobo em Leiria, ou do monumento ao Vidreiro, na Marinha Grande, entre diversas outras.

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