A diminuição do controlo sobre um determinado consumo ou comportamento é um dos sinais de que se pode estar perante uma dependência.
Mas existem outros, como a incapacidade de a pessoa cumprir as suas responsabilidades sociais e o aparecimento de sintomas de abstinência quando, por algum motivo, se priva da substância ou do comportamento.
Existem, no entanto, hábitos e consumos que, sendo social e culturalmente aceites, tornam mais difícil a tomada de consciência de que se está perante uma adição. O álcool é um desses casos.
As dependências são o tema em destaque no episódio desta semana do “Mentes Inquietas”. Joana Correia, diretora do Serviço de Psicologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) e Cláudio Laureano, diretor do Serviço de Psiquiatria do CHL, ajudam a perceber quais as mais comuns, como de dividem e qual a intervenção possível num problema que, sendo crónico, pode ser tratado e gerido de forma a devolver algum alívio à pessoa.
Ainda que com uma base comum, as dependências de substâncias e as adições comportamentais exigem intervenções diferentes.
Nas primeiras incluem-se o álcool, o tabaco, e as drogas, por exemplo. Já no segundo grupo estão incluídos o jogo patológico, as redes socias, a pornografia, as compras e a dependência do exercício físico.
Para Joana Correia, esta última é cada vez mais frequente em consulta e extremamente difícil de gerir, porque absorve grande parte das rotinas vivenciais da pessoa.
No entanto, para todas elas Cláudio Laureano destaca o nível de motivação e a procura de apoio como fatores-chave para o sucesso do tratamento. Refere que a recuperação é possível, mas corresponde a um processo moroso, exigente e com avanços e recuos.
O podcast “Mentes Inquietas” está disponível no website do REGIÃO DE LEIRIA e pode ser seguido nas plataformas Spotify, Google Podcasts e Apple Podcasts.
