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Fátima

Aumenta para 195 o número de peregrinos que não chegaram à diocese de Leiria-Fátima

São 168 cabo-verdianos e 27 angolanos. O mais novo destes participantes tem 19 anos

Os peregrinos não chegaram a participar nas atividades Foto: Rui Miguel Pedrosa

O número de peregrinos angolanos e cabo-verdianos que não fizeram o registo de entrada na Mini Jornada Mundial da Juventude – Leiria Faith n’ Fun aumentou para 195, segundo revelou esta terça-feira, dia 1, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Os jovens que estavam inscritos e não compareceram nas iniciativas do Dias das Dioceses em Leiria-Fátima, da Jornada da Mundial da Juventude (JMJ), são 168 cabo-verdianos e 27 angolanos. O mais novo destes participantes tem 19 anos, conforme revelou inspetora coordenadora superior do SEF, Cláudia Rocha.

O bispo de Cabinda, Belmiro Chissengueti, que chefia a delegação de Angola, disse à TSF que pelo cinco dos peregrinos angolanos que se encontram em parte incerta não tencionam regressar a Luanda depois de abandonarem a delegação com que viajaram

O prelado acredita que o número de pessoas que escolherão ficar na Europa pode aumentar até no final da JMJ.

Quanto aos cabo-verdianos, um dos diáconos que os acompanha disse esta terça-feira, dia 1, que “ninguém está desaparecido” e que alguns jovens optaram por ficar em Lisboa em vez de participar nas atividades em Leiria.

“É fake news. Ninguém está desaparecido e nenhum peregrino é obrigado a participar em atividades das dioceses”, adiantou José Manuel Vaz.

“Alguns peregrinos que chegaram a Lisboa optaram por ficar na cidade, onde arranjaram alojamento junto de familiares e amigos, em vez de ir a Leiria para participar nas atividades. Ninguém informou que as atividades eram obrigatórias”, explicou.

“Querem saber onde estão estes peregrinos? Venham à jornada e vão encontrá-los”, concluiu.

A diocese de Leiria-Fátima tinha revelado na segunda-feira, dia 31, “uma situação anormal que requereu uma atenção especial da parte da organização diocesana” pela “ausência de 106 peregrinos dos grupos estrangeiros de nacionalidade angolana e cabo-verdiana acolhidos em três paróquias da diocese”.

A diocese acrescentou, em comunicado, que “logo que estas não comparências foram sinalizadas, a organização reportou-as às competentes autoridades de segurança, que desde então têm assumido as diligências exigíveis e necessárias”.

A ausência destas pessoas vindas de Angola e Cabo verde foi notada na quarta-feira, dia 26, nas paróquias de acolhimento, quando foram distribuídas as credenciais de identificação e acesso às atividades da pré-jornada.

Este grupo composto por 195 peregrinos está “devidamente inscrito” na JMJ e entrou “regularmente e por via aérea em território nacional”, destacou o Sistema de Segurança Interna, em comunicado.

Segundo a nota, pelo facto de os cidadãos terem entrado em Portugal “de forma legal e com visto válido no espaço Schengen” não é considerado “para efeitos legais, que o grupo esteja desaparecido”.

Entretanto, a organização da JMJ indicou esta terça-feira, dia 1, que está a acompanhar “com tranquilidade” a situação dos peregrinos angolanos e cabo-verdianos, garantindo que foi acionado o protocolo acordado nos casos de “não comparência” de participantes no evento.

“A organização acompanha a situação com tranquilidade e com toda a confiança nas entidades públicas. O protocolo acordado para este tipo de casos foi acionado”, disse a porta-voz da Fundação JMJ, Rosa Pedroso Lima.

Pelo menos 1.518 angolanos, residentes em Angola e na diáspora, inscreveram-se para participar na JMJ Lisboa 2023 e a partir de Luanda devem embarcar 518 peregrinos para este encontro com o Papa Francisco. De Cabo Verde, está prevista a participação de um total de 913 cabo-verdianos, incluindo religiosos.

Com Lusa

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