Dos 14 partidos e coligações que se candidatam pelo círculo de Leiria às próximas eleições legislativas, seis não têm assento parlamentar. O REGIÃO DE LEIRIA convidou os candidatos a apresentar as prioridades e os objetivos que esperam alcançar a 18 de maio. Os representantes dos partidos Ergue-te e Nova Direita não responderam ao inquérito.
Que prioridades defende para o distrito de Leiria?
Para o distrito de Leiria defendo a reabilitação urgente da linha do Oeste, considero-a essencial para o transporte de passageiros e mercadorias. Ainda a nível ferroviário defendo a reativação de linhas turísticas e a aposta no transporte bimodal, ligando o litoral ao interior e à Europa.
O reforço da prevenção e combate aos incêndios florestais é também uma prioridade no nosso distrito dada a alta densidade de floresta.
O apoio às PME industriais do nosso distrito, através de incentivos à inovação, à transição digital e à internacionalização.
Em relação ao turismo, defendo a requalificação das nossas zonas costeiras – Nazaré, S. Pedro de Moel e Peniche -, por exemplo, com foco no turismo sustentável, assim como o incentivo ao surf, ecoturismo e valorização do património cultural e natural.
No que respeita à educação proponho um reforço da formação técnica e profissional, em articulação com as necessidades das empresas da região.
Já no sector da saúde considero que o distrito de Leiria enfrenta desafios específicos que exigem uma abordagem estratégica. A saber, investimentos com a maior celeridade possível nas infraestruturas e equipamentos do hospital de Santo André (Leiria), hospital de Pombal e hospital de Alcobaça. O reforço de especialidades médicas é também fulcral para o nosso distrito.
Se for eleito, qual será a sua primeira iniciativa no parlamento?
Se for eleito a minha primeira iniciativa no parlamento será a reposição da Urgência 24 horas em Peniche. Infelizmente o hospital de Peniche tem sofrido um desinvestimento ao longo dos últimos anos. Atualmente como sabemos, os serviços de urgência em Peniche são limitados e não funcionam 24 horas por dia, o que obriga os utentes a deslocarem-se, em casos mais graves, a Caldas da Rainha, Torres Vedras ou até mesmo Lisboa (hospital de santa Maria), trajetos com impacto potencial na sobrevivência dos doentes em situação critica.
E para o país quais são as prioridades que defende?
Para o país, na saúde defendo o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo acesso universal e de qualidade, com melhores condições para os profissionais de saúde. Reduzir as listas de espera e investir nos cuidados de saúde primários e continuados, especialmente no interior do país.
Já no que respeita à educação proponho melhorar a qualidade do ensino público, com foco na equidade e na modernização digital. Investimentos no ensino profissional e superior ligado às necessidades do mercado. Combater o abandono escolar e promover a formação ao longo da vida.
Na habitação, apoiar o acesso à habitação acessível sobretudo para jovens e famílias de baixos rendimentos. Criar incentivos à fixação de jovens, travando a emigração qualificada.
Quebrar as barreiras arquitetónicas para pessoas com mobilidade reduzida em edifícios públicos, a fim de garantir a inclusão, igualdade de oportunidades e dignidade das pessoas com algum tipo de incapacidade e/ou mobilidade reduzida.
Que resultado espera alcançar a 18 de maio?
O R.I.R. – Reagir, Incluir, Reciclar concorre às eleições legislativas de 18 de maio com o objetivo de aumentar a sua visibilidade e reforçar a presença política, procurando melhorar os resultados obtidos nas eleições legislativas anteriores. Temos a ambição de superar a barreira de 1% dos votos e, idealmente eleger pelo menos um deputado.
Recordo que o partido R.I.R. posiciona-se como uma alternativa centrista, promovendo valores de humanismo, pacifismo, ambientalismo e europeísmo, com foco na inclusão social e na sustentabilidade.
