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Trabalhadores do sector vidreiro da Marinha Grande conseguem aumento de 70 euros

O acordo agora alcançado aplica-se, para já, apenas “à Santos Barosa e à Gallo Vidro, que têm acordo de empresa próprio”, mas o objetivo é que o mesmo aconteça relativamente à Vidrala Logistics.

FOTO: CGTP-IN

Trabalhadores da Santos Barosa e da Gallo Vidro, na Marinha Grande, vão ter um aumento salarial de 70 euros, retroativo a janeiro, após várias greves, anunciou ontem a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM).

Em declarações à agência Lusa, a coordenadora da FEVICCOM, Fátima Messias, explicou que as empresas “já tinham aplicado valores mais baixos, que os trabalhadores nunca aceitaram, por isso é que foram para a greve, e agora vão ter de aplicar o resto”, no âmbito do acordo de revisão salarial e pecuniária para 2025/2026/2027 conquistado.

Segundo a responsável, ao aumento salarial de 70 euros (mais 10 euros) acrescem “melhorias no subsídio de turno, que também contam e bastante”, no subsídio de alimentação e complementos de Natal e de Ano Novo.

“Para quem trabalha por turnos, em termos médios mensais, sem contar com o Natal e o Ano Novo, são valores brutos próximos dos 100 euros”, sublinhou.

Ficaram também já definidos os referenciais para 2026 e 2027, sobre as tabelas deste ano.

“Os aumentos serão, no mínimo, de 70 euros para 2026 e para 2027. A negociação foi com base na inflação, acrescida de 0,5%. Se a aplicação dessa percentagem não chegar aos 70 euros, aplicam-se os 70 euros como mínimo”, referiu.

O subsídio de alimentação será de 9,20 euros este ano, de 10,20 euros no próximo e, em 2027, o valor máximo de isenção pago em cartão até ao limite de 11 euros.

Fátima Messias explicou que o acordo agora alcançado aplica-se, para já, apenas “à Santos Barosa e à Gallo Vidro, que têm acordo de empresa próprio”, mas o objetivo é que o mesmo aconteça relativamente à Vidrala Logistics.

“Ainda não é de aplicação direta para essa terceira, porque ainda não tem acordo de empresa, mas vamos tentar igualizar dentro do grupo Vidrala”, acrescentou.

Na sua opinião, ficou provado que vale a pena lutar: “se não fosse a persistência dos trabalhadores, não se tinha chegado a este resultado”.

“A empresa foi dizendo sempre que não, até agora, porque estava preparado um novo pré-aviso de greve para junho e outro para julho e a empresa soube disso”, contou a responsável, acrescentando que “havia um descontentamento muito grande” da parte dos trabalhadores.

A primeira fase de greves começou no final de março, em três empresas do Grupo Vidrala (Santos Barosa, Gallo Vidro e Vidrala Logistics), na Marinha Grande, distrito de Leiria.

A segunda fase de paralisações ocorreu entre 11 e 15 de abril, na Santos Barosa e Gallo Vidro (Grupo Vidrala), face à “inflexibilidade e indisponibilidade negocial da administração do grupo”.

Estas unidades têm cerca de 900 trabalhadores.


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