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Covid-19

Covid-19: Centro Hospitalar de Leiria recebe robô de desinfeção

Mecanismo permite reduzir a propagação do vírus e de outras bactérias e micróbios.

É o “reforço” mais recente da equipa do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) no combate à Covid-19. Um robô de desinfeção foi entregue pela Comissão Europeia e, em breve, vai entrar em funcionamento no Hospital de Santo André. Autónomo, equipado com lâmpadas que emitem raios ultravioleta, é capaz de destruir bactérias, vírus e outros micróbios nocivos, adianta o CHL em nota de imprensa.

Com um valor comercial de 50 mil euros, o equipamento permite “minimizar a propagação do vírus Covid-19 e proteger os profissionais e utentes dos hospitais”. O impacto no fluxo de trabalho do hospital é “mínimo”, uma vez que é fácil de utilizar pela equipa de desinfeção, refere a mesma nota.

“Para o CHL e para o Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) este robô foi um ganho extraordinário, e à medida que formos ganhando experiência no seu manuseamento e utilização, será com certeza um dispositivo indispensável na nossa rotina de desinfeção e prevenção de infeções, e ao desenvolvimento de resistências a microrganismos”, refere Maria Fernanda Cunha, coordenadora do GCL-PPCIRA do CHL, citada na nota de imprensa.

A equipa do CHL pode optar entre o funcionamento manual ou automático do robô. Em modo manual, é comandado através de um tablet. Em modo automático, após o mapeamento das áreas a desinfetar, pode operar num máximo de dez salas. A intensidade do feixe de luz UVC aumenta à medida que o robô se aproxima das superfícies “críticas”.

O equipamento traz ainda vantagens na redução de infeções hospitalares e nos custos associados. “O fenómeno da multirresistência às drogas, nomeadamente aos antibióticos, é um problema relevante nas instituições de saúde, com o número crescente de doentes com infeções a microrganismos multirresistentes”, sublinha ainda Maria Fernanda Cunha. “Existe uma lista de bactérias produtoras de enzimas (as carbapenemases), que obrigam ao rastreio dos doentes portadores destes microrganismos com o objetivo o seu isolamento dentro da instituição ou na comunidade. Após a alta destes doentes, as enfermarias ou quartos deverão ser limpos e desinfetados o mais eficazmente possível, de forma que, com a segurança máxima, outros doentes possam ser internados. Com o novo robô esta tarefa será mais célere”.

Além de mais rápido em comparação com outros dispositivos de desinfeção, este mecanismo “permite a entrada imediata de doentes e profissionais na divisão desinfetada, pois não deixa qualquer resíduo ou vapor, já que o seu funcionamento se baseia na utilização da luz”, explica ainda a responsável.

O CHL destaca ainda que “o meio ambiente também é poupado, na medida em que não são usados produtos químicos, e a eficácia do robô pode ser medida através da colocação de indicadores nas salas a desinfetar que, por mudança de cor, atestam o nível de esterilização”.

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