São, na minha memória, as maiores noites do ano. E nós, batalhenses, crescemos com elas. Primeiro, de mão dada aos nossos pais, no pedido por mais uma volta no carrossel, mais uma moeda, mais um algodão doce. Depois, o fogo de artifício. A noite em que sabíamos que ficávamos até ao fim, até que a música nos palcos parasse e as luzes deixassem o chão para pintar o céu numa arte que é tão nossa – neste caso, também tão minha, da minha família e dos meus antepassados -, como se as cores dos vitrais do mosteiro ganhassem asas e se erguessem para colorir a noite.
Tomás Gomes
Assessor de Comunicação
Exclusivo13 de Agosto de 2024
A liberdade e saudade de agosto
Os anos passavam e as noites das festas cresciam. Ano após ano, reclamava junto dos meus pais as fugas do recinto para ir ter com os meus amigos.