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Tomás Gomes

Assessor de Comunicação

Exclusivo

A liberdade e saudade de agosto

Os anos passavam e as noites das festas cresciam. Ano após ano, reclamava junto dos meus pais as fugas do recinto para ir ter com os meus amigos.

São, na minha memória, as maiores noites do ano. E nós, batalhenses, crescemos com elas. Primeiro, de mão dada aos nossos pais, no pedido por mais uma volta no carrossel, mais uma moeda, mais um algodão doce. Depois, o fogo de artifício. A noite em que sabíamos que ficávamos até ao fim, até que a música nos palcos parasse e as luzes deixassem o chão para pintar o céu numa arte que é tão nossa – neste caso, também tão minha, da minha família e dos meus antepassados -, como se as cores dos vitrais do mosteiro ganhassem asas e se erguessem para colorir a noite.