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A propósito: Pior a emenda que o soneto?

“Já reparaste na quantidade de deficientes motores que há em Cáceres?” Leitura precipitada de quem me acompanhava, pois talvez não existissem mais do que em Leiria.

Leonor Lourenço, professora bibliotecária leonorplourenco@gmail.com

“Já reparaste na quantidade de deficientes motores que há em Cáceres?” Leitura precipitada de quem me acompanhava, pois talvez não existissem mais do que em Leiria. Apenas, ali, sendo a acessibilidade aos espaços superior à que temos na nossa cidade, é permitido aos deficientes motores deslocarem-se com maior facilidade a lojas, locais públicos diversos para que possam usufruir de espaços de lazer com maior frequência. Pontevedra será um “paraíso” para pessoas com imobilidade, com rampas em todas as zonas de passadeiras, abundantes wc e adaptados em toda cidade, etc… Convenhamos que também existem exemplos em Portugal que nos vão fazendo acreditar que vamos no bom caminho.

Há que dar os parabéns à Marinha Grande pelo prémio de “Boa prática de promoção da acessibilidade, que lhe foi atribuído pelo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade e pelo jornal Planeamento e Cidades, no âmbito do “Subprograma para todos”. Já não é a primeira vez que tal acontece. Para quando Leiria? Continuamos atentos.

É imprescindível que existam mais rampas de acesso no nosso concelho, e espaços adequados, sempre com o cuidado de que estes obedeçam a todos os requisitos indispensáveis, nomeadamente no que toca à segurança e autonomia. Para que não aconteça, como usa dizer-se, vir a ser “pior a emenda do que o soneto”.

(texto publicado a 6 de junho de 2013)