Falta uma identidade a Leiria. Falta uma paixão, um orgulho a Leiria. Sei do que falo. Nasci em França, onde vivi e estudei, regressei para o Porto, onde vivi, estudei e comecei a trabalhar. Em 2001 mudei-me para Leiria, a minha cidade.
À partida, Leiria tem tudo para ser uma das grandes cidades de Portugal. Incrivelmente bem localizada, permite-nos ir a qualquer lado do país em metade do tempo e fica bem no meio do eixo Porto/Lisboa. Perto do Atlântico, mas com o interior à vista, temos* praias e serras, cultura e História para dar e vender, uma imprensa dinâmica e corajosa, eventos em várias áreas, poder académico e o conhecido empreendedorismo de quem gosta de ter o destino nas mãos. À partida, Leiria tem tudo para ser uma das grandes cidades de Portugal.
Mas não é. Em termos estéticos, perdemos para Coimbra, Viseu ou Aveiro, é um facto. Ao nível de impacto noticioso, idem. Falta garra, falta orgulho, falta assumir a cidade. Não o bairro, a zona ou a freguesia. Isso é visão de pequenino.
A minha primeira crónica no REGIÃO DE LEIRIA tinha que ser sobre Leiria. Sei que esta cidade é (já) muito melhor para os meus filhos do que para mim quando aqui cheguei. Porquê? Porque tenho feito por isso. E você?
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>*A utilização da primeira pessoa do plural não foi engano e responde ao título: Leiria é a minha cidade.
Escrito de acordo com a antiga ortografia
(texto publicado a 14 de fevereiro de 2013)