Todos precisam sonhar, viver momentos de encanto e magia, momentos em que se soltam as emoções e se tornam insignificantes as preocupações do dia a dia.
Todos ficam, no entanto, rapidamente aprisionados a partir da altura em que a relação se estabiliza e ganha contornos de instituição. Gostam de namorar, mas casam e pronto lá se vai o namoro.
Cada um por si lamenta que assim seja, mas nenhum dos dois faz nada para modificar o estado das coisas na triste rotina do quotidiano.
Com a chegada do primeiro filho, das noites mal dormidas e da dificuldade em encontrar quem fique com o bebé, o hábito de sair ao sábado, desapareceu e passados 10 anos, três filhos crescidos, uma empregada, os jantares sociais, os sogros, as idas à aldeia……… nunca, nunca mais arranjaram tempo para ir dançar, escrever um poema e nunca mais disseram um ao outro quanto gostam dele.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Vamos lá namorar, passear de mão dada e não esquecer os pequeninos gestos que mantêm acesa a chama. A rotina do dia a dia não pode prejudicar o namoro e viver a dois em plena harmonia, já é, por si só, um namoro constante feito de partilha e cumplicidade. Namorar é também cuidar do outro e ser cuidado por ele. É telefonar para perguntar como estão as coisas por aí. É ter um colo para chorar.
Somos livres para escolher e ser livre é ter coragem, ser autêntico e permitirmo-nos viver um sentimento maior.
(texto publicado na edição de 22 de agosto de 2013)