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Murmúrios do Lis: Carta aberta ao Orfeão de Leiria (I)

Olá! Desculpa abordar-te na intimidade deste meu monólogo, mas como amigo da velha guarda, julgo que compreenderás os motivos!

Edgar de Carvalho, técnico superior da EDP aposentado edgarcarvalho1@hotmail.com

Olá! Desculpa abordar-te na intimidade deste meu monólogo, mas como amigo da velha guarda, julgo que compreenderás os motivos!

Fui um dos muitos elementos que durante mais de quatro décadas me dediquei a ti, de alma e coração, principalmente no canto, integrando o Coral do teu Orfeão de Leiria, sem dúvida o ex-líbris da instituição que representas. Já participaste em muitos eventos, no país e no estrangeiro! O “Europália 91”, o Festival Internacional da República Checa e as Comemorações dos 500 anos do Brasil são só alguns exemplos do teu prestigiado curriculum de que fazem parte homens e mulheres com sensibilidade. Não são marionetas para tu deixares que se manobrem, o que eu lamento! Parece que agora para cantar no Coro é obrigatório pagar uma mensalidade? Não vás por aí! Se não recuares nessa decisão, terás a cidade e não só, descontente contigo! Queres então que os teus “amigos” coralistas paguem para cantar? Eles que ao frio e à chuva deixam a família, sem qualquer recompensa que não seja o amor à arte!

Olha que recuar, quando nos enganamos, não é sinal de fraqueza, mas sim de inteligência! Tornar o Coro numa espécie de “reserva bancária” do nosso OL para tapar buracos sem qualquer recompensa…nem ao diabo lembraria! Não achas que és suficientemente capaz para combateres autoritarismos na tua própria casa? Penso que vais reconsiderar…!

O futuro o dirá! Até sempre!

(texto publicado a 26 de outubro de 2012)