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Murmúrios do Lis: O amanhã esquecido

Afonso Lopes Vieira, Marques da Cruz, Américo Cortês Pinto, Acácio de Paiva Rodrigues Lobo, Miguel Torga e Eça de Queirós, entre outros, viveram na cidade do Lis, aqui escreveram belos romances e poemas num tempo em que Leiria atravessava uma época de bem-estar.

Edgar de Carvalho, técnico superior da EDP aposentado edgarcarvalho1@hotmail.com

Afonso Lopes Vieira, Marques da Cruz, Américo Cortês Pinto, Acácio de Paiva Rodrigues Lobo, Miguel Torga e Eça de Queirós, entre outros, viveram na cidade do Lis, aqui escreveram belos romances e poemas num tempo em que Leiria atravessava uma época de bem-estar.

A Leiria de hoje é diferente! O progresso desta cidade está numa espécie de banho-maria… Ideias existem, vontades não faltam, mas 2012 vai ser pior que 2011! O clima de assaltos, roubos, vandalismo e mortes está a tornar-se numa grave preocupação para a segurança dos leirienses por falta de policiamento e vigilância noturna! Leiria começa a ser uma cidade esquecida num tempo em que não se esperam grandes “melhoras”! O comércio tradicional e a restauração são dois dos sectores que mais vão sofrer com as atuais medidas… A austeridade não pode ser um tampão que nos deixe à deriva dos senhores da troika! Os cortes em várias áreas da gestão camarária são um travão que poderá pôr em causa futuros projetos para o concelho e criar um clima de instabilidade por falta de recursos financeiros numa urbe que se deseja moderna!

Estamos numa espécie de democracia tecnocrática… O desnorte é total! Quando o mais alto magistrado da nação tem de ir às poupanças para sobreviver… já tudo é possível ouvir de um Governo sem governantes!

(texto publicado na edição em papel de 27 de janeiro de 2012)