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Quilómetro 130: Praia do Pedrógão

Não sendo eu um frequentador assíduo da Praia do Pedrógão, sempre me habituei a respeitar as suas gentes, pois é sabido que uma praia de características piscatórias e com um desenvolvimento turístico pouco consistente e sazonal, obriga a esforços redobrados por parte daqueles que lá vivem e trabalham.

Cláudio de Jesus, engenheiro do Ambiente claudiojesus2012@gmail.com

Não sendo eu um frequentador assíduo da Praia do Pedrógão, sempre me habituei a respeitar as suas gentes, pois é sabido que uma praia de características piscatórias e com um desenvolvimento turístico pouco consistente e sazonal, obriga a esforços redobrados por parte daqueles que lá vivem e trabalham.

Acho que aos olhos de muitos leirienses, a Praia do Pedrógão é vista como um parente pobre, onde ano após ano, se está à espera que algo aconteça. Num concelho capital de distrito, com uma centralidade muito vincada na sua cidade-sede e em que muitos dos seus habitantes possuem hábitos enraizados de frequência habitual de outras praias da região, como São Martinho, Nazaré, São Pedro de Moel e Figueira da Foz, não é fácil alterar esse modo de vida, levando-os a frequentar a Praia do Pedrógão.

Assim, continuamos à espera que a Câmara Municipal de Leiria e/ou investidores privados promovam a Praia do Pedrógão como destino turístico de eleição dos leirienses, através da realização de eventos lúdicos e desportivos, e apetrechando-a de um conjunto de equipamentos de forma a torná-la atrativa aos olhos dos habitantes da região, não a reduzindo somente à realização do Festival da Sardinha e aos Torneios de Andebol de Praia na época balnear que, sendo eventos de reconhecido mérito, sabem a pouco para o potencial que aquela praia encerra.

(texto publicado na edição em papel de 6 de julho de 2012)