Tal como 2013, também 1956, 1976 e 1995 foram anos de edições mil do REGIÃO DE LEIRIA. Que realidade mostram esses números históricos? Folhear jornais antigos é uma surpresa. Há inúmeras “pérolas” à espera do leitor, muitos anos depois dos mesmos terem sido impressos.
Em 1976, por exemplo, o REGIÃO DE LEIRIA nº 2000, publicado a 29 de maio, testemunha tempos de mudança. O principal destaque do jornal foi dado a um artigo de opinião, denso e filosófico, sobre “A descida aos ideais: A humanidade em fase de transição evolutiva”.
O artigo é enorme, ocupa parte da primeira página e boa parte de uma das interiores e… continua na edição seguinte.
Todo esse número é merecedor de um tratado: ainda na capa fala-se no “péssimo aspecto” do rio Lis, nas mudanças climatéricas, no recital da pianista iraniana Tania Achot em Leiria, na necessidade do país tomar “medidas de contenção e austeridade” – onde já ouvimos isto? – e em boatos mal intencionados sobre o fornecimento de leite enriquecido e bolachas nas escolas primárias.
Há ali espaço para vender um Renault 12 de Ourém e apela-se aos “Ex.mos Assinantes” que regularizem contas, “pois é um serviço muito trabalhoso”.
No interior, o jornal 2000 noticia um pouco de tudo: avistamento de “charutos” voadores no Novo México, o décimo aniversário da União de Leiria, mas também a intrigante morte de um médico em Marselha devido a um tiro provocado por corrente de ar ou a descoberta de que fumar “um só cigarro por dia encurta a vida em 12 minutos”.
Vinte anos antes saia o REGIÃO DE LEIRIA 1000. A manchete é uma manifestação de estudantes de Leiria, solidários com os revoltosos húngaros e em protesto contra “a repressão neles exercida pelas tropas soviéticas”.
Ao lado, com o mesmo destaque, um artigo pró-corporações incita os leirienses a aderirem ao “Patronato”. Homenagens ao padre Américo e ao professor Narciso Costa completam uma primeira página que contempla a agenda de cinemas, futebol, bailes e farmácias.
Mais contemporâneo, o jornal 3000 data de julho de 1995. A manchete é o eternamente adiado jardim da Almoinha (ou Nova Leiria), apresentado como a novidade que iria criar um “novo centro para a cidade”. A política local merece grande atenção, tal como uma mostra de artesanato em Santiago da Guarda e as festas de Pombal.
Desses dias até hoje o REGIÃO DE LEIRIA mudou bastante, adaptando-se aos novos tempos e às exigências dos leitores. Como será em 13 de janeiro de 2033?
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Edição 1000
Edição 2000
(agradecimento: Arquivo Distrital de Leiria)
Edição 3000