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Região Oeste espera atingir 5.000 unidades de alojamento local até ao final do ano

Nazaré lidera os concelhos com mais unidades, seguido de Peniche, Alcobaça, Óbidos e Caldas da Rainha, avança Turismo de Portugal.

A região Oeste de Portugal deve atingir até ao final do ano as 5.000 unidades de alojamento local, com a Nazaré a liderar os concelhos onde este tipo de resposta tem mais registos, segundo o Turismo de Portugal.

Nos 12 concelhos da região Oeste estão atualmente registadas “4.985 unidades de alojamento local (AL), refletindo um aumento de 1.000 alojamentos no último ano”, o que leva a prever que, “até final de dezembro, se atinjam os 5.000 registos”, disse à agência Lusa Sérgio Félix, organizador do Congresso Alojamento Local Oeste Portugal.

A previsão tem por base os dados avançados pelo Turismo de Portugal na 2.ª edição do congresso, realizada na quarta-feira em Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

Os números avançados situam no Oeste mais de metade das 8.865 unidades de alojamento local registadas na Região Centro.

Nazaré, com 1.003 estabelecimentos lidera os concelhos com mais unidades, seguido de Peniche (905), Alcobaça (805), Óbidos (636) e Caldas da Rainha (398).

João Pereira, da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal apontou no congresso o Oeste como “um caso relevante para explicar a importância do AL” na área do Turismo do Centro, onde esta região é responsável por “aproximadamente 30% da oferta de camas, excluindo o campismo”.

Peniche, Alcobaça, Nazaré e Lourinhã “como destinos de surf e férias identificaram um perfil de hóspede que valoriza a estadia em AL”, explicou, acrescentando que nestes concelhos as ofertas deste tipo de alojamentos são “entre quatro a cinco vezes superiores aos estabelecimentos hoteleiros”.

As estatísticas da AHRESP colocam Óbidos como o concelho “onde existe uma situação de paridade entre o AL e os estabelecimentos hoteleiros”, e Torres Vedras aquele onde “a oferta de estabelecimentos hoteleiros supera largamente a de AL“, com 2,5 vezes mais hotelaria, e “refletindo um tecido industrial mais relevante”.

Para que o crescimento do AL seja sustentado, Paulo Almeida, investigador da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, defende “uma valorização da oferta através dos produtos endógenos”.

“Alojamento local é local, não é regional, nem nacional, nem internacional”, afirmou, numa intervenção em que alertou para a necessidade de diferenciação do alojamento, que não deve ser “só dormida”, mas também “a experiência” alicerçada na gastronomia, na cultura, na história, no património e nas tradições locais.

No congresso em que estivarem ainda em análise questões ligadas com a segurança e as alterações legislativas participaram este ano “256 pessoas de vários pontos do país”, disse Sérgio Félix, também secretário geral da Airo (Associação Empresarial da Região Oeste) e que organiza o encontro em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim).

O interesse que este tipo atividade tem gerado, “com a apresentação de vários projetos ao gabinete de empreendedorismo da AIRO”, dita a continuidade do congresso, que volta a realizar-se em 2020, em local ainda a designar.

A região Oeste engloba os concelhos de Alcobaça, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, no distrito de Leiria, e de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, no distrito de Lisboa.

Lusa

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