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Covid-19

Covid-19: Portugal vai aumentar tratamento de pessoas infetadas em casa

Os serviços de saúde estimam poder acompanhar 80% dos doentes em casa

Portugal vai adotar um novo modelo de tratamento aos doentes infetados com o vírus da covid-19 na próxima semana, que passa pelo aumento do acompanhamento em casa, disse hoje a ministra da Saúde.

Marta Temido explicou que “face àquilo que tem sido o alargamento da expansão geográfica” dos casos de infeção e à “tendência crescente da curva epidémica”, será “aplicado um novo modelo de abordagem ao doente” a partir de quinta-feira.

Atualmente, há já um conjunto de doentes tratados em casa, sendo o objetivo chegar aos 80% dos casos, disse, por sua vez, a diretora-geral da Saúde, Graça Freiras.

“O que se pretende é agilizar e reforçar essa possibilidade, garantindo que os doentes são depois seguidos mesmo no seu domicílio”, afirmou a ministra.

Marta Temido e Graça Freitas falavam na conferência de imprensa diária no Ministério da Saúde de acompanhamento da situação da pandemia do vírus da covid-19 em Portugal.

Segundo Marta Temido, esse novo modelo exige também “algumas adaptações” por parte das unidades de saúde para permitir, por exemplo, a separação de áreas para doentes infetados com o novo coronavírus, que começarão a ser organizadas no início da semana.

Serão ainda distribuídos mais equipamentos de proteção aos profissionais de saúde e mais testes, a partir do início da próxima semana, “à medida que o mercado o for permitindo”, de forma a ser possível aplicar esse novo modelo, disse a ministra.

Marta Temido disse que serão conhecidos mais detalhes deste novo modelo quando forem publicadas as normas do seu funcionamento.

Taxa de letalidade é de cerca de 1%

A taxa de letalidade por covid-19 é atualmente de cerca de um por cento que “está aquém” de valores registados noutros países, afirmou ainda a diretora-geral da Saúde.

Contudo, esta taxa pode evoluir para “outro tipo de valores”, porque Portugal tem ainda “muito poucos doentes com história de internamento muito prolongado”, ressalvou Graça Freitas.

“Nós começámos a internar e a detetar casos do dia 2 [de março] e hoje é dia 21 e, portanto, ainda pode acontecer que alguns destes doentes venham a morrer”, disse Graça Freitas na conferência.

Portugal elevou hoje para 12 o número de mortes associadas ao vírus da covid-19, o dobro face a sexta-feira, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), que regista 1.280 casos confirmados de infeção.

Segundo a DGS, há 156 doentes internados, 35 dos quais em cuidados intensivos. A grande maioria (1.124) está a recuperar em casa.


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