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Covid-19

Covid-19: Centros de saúde da região suspendem vacinação com a AstraZeneca

Vacinação programada para quinta e sexta-feira desta semana mantém-se, uma vez que serão apenas administradas doses das vacinas da Moderna e da Pfizer.

imagem de enfermeira a preparar vacina para ser administrada

A Direção-Geral da Saúde anunciou esta segunda-feira a suspensão da vacinação com a vacina da AstraZeneca, justificando a medida por precaução, na sequência do registo de reações adversas graves noutros países.

Face a esta decisão, o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral (ACeS PL) desmarcou os agendamentos relacionados com a vacina da AztraZeneca, nomeadamente as inoculações programadas para esta terça-feira na Maceira, Batalha, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós.

Estão ainda canceladas as campanhas de vacinação agendadas para quarta-feira e domingo em Pombal, e para sábado na Batalha e em Porto de Mós.

Os utentes que foram convocados para estes dias voltarão a ser contactados logo que haja novas orientações, refere o grupo coordenador da vacinação em comunicado, apelando às pessoas para não se deslocarem aos centros de vacinação nestes dias.

Já para quinta e sexta-feira, o programa de vacinação mantém-se como previsto no estádio de Leiria, na Batalha, em Pombal e em Porto de Mós, e ainda no sábado em Pombal, uma vez que serão apenas administradas doses das vacinas da Moderna e da Pfizer, explicou ao REGIÃO DE LEIRIA Ana Silva, coordenadora da Vacinação do ACeS PL.

Na Marinha Grande, onde também prossegue a administração das vacinas da Moderna e da Pfizer, os utentes convocados para quarta, quinta, sexta e sábado, podem dirigir-se ao Centro de Saúde ou ao Pavilhão Municipal de Exposições de acordo com o horário e local indicados na convocatória.

Quanto à vacina da AztraZeneca, a responsável sublinha não haver registo de reações como as descritas em outros países, além de casos pontuais de febres altas e dores de cabeça, situações que refere serem comuns.

DGS apela à tranquilidade por parte de quem recebeu vacina da AstraZeneca

A diretora-geral da Saúde apelou ontem à tranquilidade por parte das pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca e garantiu que não foram reportadas em Portugal reações adversas como as identificadas em outros países.

“Se foi vacinado, mantenha-se tranquilo. Estas reações são extremamente raras e no nosso país não foram reportados fenómenos semelhantes aos encontrados nos outros países”, afirmou Graça Freitas, numa conferência de imprensa conjunta com a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e com a `task force´ do plano de vacinação.

Segundo a responsável da Direção-Geral da Saúde (DGS), “apesar de as reações adversas mencionadas serem extremamente graves, também são extremamente raras”, não estando identificado o nexo de causalidade entre esta vacina e as situações de coágulos sanguíneos registados em outros países.

“Apesar de não estar identificado o nexo de causalidade entre a vacina e estas reações, pelo princípio da precaução foi decidido fazer uma pausa na vacinação com a vacina da AstraZeneca”, disse.

Dirigindo-se às pessoas que já receberam a vacina da AstraZeneca em Portugal, Graça Freitas apelou ainda para que se mantenham atentas a sintomas de mal-estar durante alguns dias.

“Sobretudo, se este mal-estar for acompanhado de nódoas negras ou hemorragias cutâneas, não hesite e consulte um médico”, salientou Graça Freitas, ao assegurar que o Ministério da Saúde e o Infarmed “mantêm toda a confiança na vacinação contra a covid-19” e apelam a todos para que continuem a vacinar-se de acordo com o calendário previsto.

Segundo Graça Freitas, as vacinas desta farmacêutica que Portugal já recebeu estão “armazenadas em condições e não são desperdiçadas”, ficando a aguardar que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) informe se pode ser administrada “com o perfil de segurança”, comparando os seus benefícios com os seus riscos.

“Por agora, e como medida de precaução, a vacina ficará guardada, bem acondicionada e, eventualmente, será libertada para administração se e quando a EMA e o nosso Infarmed o decidirem”, referiu.

Já foram administradas em Portugal cerca de 400 mil vacinas da AstraZeneca e vão ficar agora em armazém cerca de 200 mil doses.

A interrupção temporária da vacina da AstraZeneca é “para dar segurança às pessoas”, assegurou a diretora-geral da Saúde, ao apelar para que os portugueses “mantenham a confiança nas instituições”.

“Esta suspensão da vacina só está a ocorrer por um mecanismo de extrema segurança, por um mecanismo de precaução, porque foi possível detetar reações adversas através dos sistemas de farmacovigilância que estão montados em todos os países”, sublinhou.

Questionada sobre a administração da segunda dose da vacina a quem já recebeu a primeira nos últimos dias, Graça Freitas garantiu que não há “pessoas nestas condições neste momento” e adiantou que esta vacina “tem muitas semanas de intervalo” entre doses.

“Neste momento não estão pessoas em Portugal em condições de lhes ser administrada a segunda dose”, avançou.

O comité de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança de vacinas reúne-se na terça-feira para discutir a vacina contra a covid-19 AstraZeneca/Oxford, anunciou o hoje o seu diretor-geral.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também já anunciou que vai realizar uma reunião especial na quinta-feira para analisar esta situação, mas já adiantou que os benefícios da utilização da vacina superam os riscos.

As duas reuniões foram agendadas na sequência da decisão de vários países europeus de, por precaução, suspenderem a administração desta vacina, após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas que já tinham sido vacinadas.

Além da AstraZeneca, Portugal está a administrar atualmente outras duas vacinas das farmacêuticas Moderna e Pfizer, devendo receber, no próximo mês, as primeiras doses da vacina de toma única da Janssen, do grupo Johnson & Johnson.

O Ministério da Saúde anunciou que Portugal vai comprar mais de 22 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, no âmbito dos acordos entre seis farmacêuticas e a União Europeia, o que representa um investimento de cerca de 200 milhões de euros.

Notícia atualizada às 11 horas com informação relativa à vacinação na Marinha Grande com as vacinas da Moderna e da Pfizer


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