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Covid-19

Urgências do Hospital de Leiria registam afluxo anormal de utentes

Unidade hospitalar apela aos utentes que apenas se dirijam ao serviço de Urgência “em casos mesmo urgentes”, para evitar um tempo de resposta muito superior ao normal.

A elevada afluência de doentes não urgentes ao serviço de Urgência do Hospital de Leiria e a escassez de recursos humanos estão a condicionar a capacidade de resposta da unidade hospitalar, nos últimos dias.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, à noite, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) refere que “o Serviço de Urgência Geral continua a ter uma percentagem muito significativa de utentes não urgentes e doentes pouco urgentes (cerca de 40%)” (pulseira verde e azul), “o que dificulta a resposta efetiva aos doentes que necessitam de cuidados de saúde”, acrescenta a nota.

“A ida à Urgência sem indicação médica e em casos não urgentes propicia a acumulação de pessoas nos serviços, o que gera o aumento anormal dos tempos de espera”, dá conta o comunicado, dias depois de terem sido divulgadas notícias de que vários utentes aguardam várias horas nas Urgências sem ser atendidos.

O conselho de administração do CHL apela que os utentes só se dirijam ao Serviço de Urgência “apenas em casos mesmo urgentes”, e utilizando de “forma correta as urgências hospitalares”, ou seja, “em caso de doença, o primeiro contacto deverá ser para a Linha SNS 24 – 808 24 24 24, que disponibiliza aconselhamento e encaminhamento em situação de doença e medicação”.

O comunicado lembra ainda que “os utentes devem recorrer aos Cuidados de Saúde Primários, dirigindo-se ao seu Centro de Saúde para serem assistidos pelo seu médico de família, ou pelo seu médico assistente, ou para serem observados na Consulta Aberta”, nos casos menos urgentes.

À elevada afluência, o CHL regista também uma “efetiva e conhecida situação de escassez de recursos humanos e em particular de pessoal médico, a que o Centro Hospitalar de Leiria é alheio, pois trata-se de um problema nacional de falta de profissionais, em especial fora dos grandes centros urbanos”.

“Para que se constate a real situação, no concurso para médicos de várias especialidades que foi lançado em julho, para 36 vagas, até agora só foi possível ocupar 19 vagas. Decorrem ainda algumas avaliações, mas é certo que não vai ser possível colmatar uma grande parte das vagas abertas”, explica o CHL.

O documento dá ainda conta de que no combate à pandemia, o CHL tinha na última quinta-feira internados 45 doentes com Covid-19, número que diminuiu para 37 na sexta-feira, dos quais três se encontravam ventilados.

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