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SOS Ucrânia

Portugal facilita entrada de animais de famílias ucranianas

Na passada segunda-feira, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária tinha recebido 13 pedidos de entrada com animais.

A cadela Linda saiu da Ucrânia com os tutores. Ficarão alojados no estádio de Leiria Joaquim Dâmaso

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, este fim de semana, o número de refugiados ucranianos possa chegar a 1,5 milhões. São inúmeras as fotografias que retratam famílias em fuga e em muitas delas surgem animais ao colo dos seus tutores, à trela ou em transportadoras. São cães, gatos e até aves que os cidadãos não conseguem deixar para trás.

Nos primeiros dias de guerra, há duas semanas, alguns países que têm fronteira com a Ucrânia, como a Polónia, a Hungria ou a Roménia, passaram a permitir a entrada de animais que não tenham a documentação normalmente exigida ou a vacinação em dia.

A juntar a esta medidas, várias associações de proteção de animais destes países ofereceram-se para dar apoio veterinário a qualquer tipo de animal que chegasse com refugiados.

Face à situação vivida na Ucrânia, também Portugal passou a “aceitar todos os animais, independentemente da situação sanitária e respetiva documentação que apresentam”, segundo informação confirmada ao REGIÃO DE LEIRIA pela diretora-geral da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

De acordo com Susana Pombo, as autoridades oficiais da União Europeia (UE) estão a trabalhar em conjunto “a fim de monitorizar e controlar o destino destes animais em todos os estados-membros”.

Para facilitar a entrada destes animais no país, foram disponibilizados contactos diretos com os serviços da DGAV para que as pessoas provenientes da Ucrânia possam alertar que vão chegar acompanhadas por animais (acsccdim@dgav.pt, tcastro@dgav.pt ou pdomingos@dgav.pt).

Na segunda-feira, dia 7, a DGAV tinha recebido 13 pedidos de entrada com animais, correspondendo a 13 gatos e a cinco cães. Após a chegada a Portugal, os serviços regionais da DGAV “procedem ao controlo e vigilância destes animais que estão em quarentena domiciliária” até a sua situação ser regularizada.

Em condições normais, os animais de companhia, sem caráter comercial, que viajam de países fora da UE para entrarem em Portugal têm de cumprir os seguintes requisitos: estar identificados com microchip, ter vacinação contra a raiva válida, estar acompanhados por certificado sanitário, emitido pela autoridade oficial do país de origem, e em países considerados de risco de raiva, como é o caso da Ucrânia, é necessário ainda apresentar um certificado de titulação de anticorpos para a raiva.

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