Há uma doce nostalgia nas pequenas coisas da terra.
Há um véu tímido de neblina matinal.
As gotas de orvalho escorrem pelos vidros das janelas. Lá fora cheira a pão cozido e os galos desafiam-se para nos darem os bons dias, qual despertadores.
Ouvem-se os passarinhos, os cães das casas dispersas e algumas galinhas da vizinhança. Gosto desta pacatez… da sensação de desafogo que me proporciona!
Gosto de colher as alfaces que cumpriram o seu dever. É só arrancar…passar por água, temperar com um fio de azeite, vinagre, coentros e acompanhar o jantar.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Ao fim da tarde cheira a lume, podemos ver o fumo a sair de cada chaminé. São as casas que começam a ser aquecidas para enfrentar mais uma noite gelada.
A magnólia já está em flor a salpicar de branco a entrada do alpendre.
Os vizinhos batem à porta para nos oferecerem produtos do fumeiro e da horta e darem permissão para lá irmos sempre que precisarmos.
Não há nada como viver no campo e conviver com a natureza. Comer fruta diretamente da árvore sem receio de químicos, acordar com o silêncio profundo das manhãs de neve, adiar a hora de jantar para assistir a um espectáculo de relâmpagos, sentados no jardim, ou embrulharmo-nos em sacos-camas para numa noite de Inverno ficar a contar estrelas cadentes, apontando constelações num céu limpo e um ar liberto de poluição sonora.
(texto publicado a 30 de maio de 2013)
Luís A C Neves disse:
Do outro lado do Oceano Atlantico ( Brasil ) eu li: VIVER NO CAMPO.
A MAIS PURA … verdade
Nasci e cresci em LEIRIA,
Mas foi em Carvide que … VIVI NO CAMPO ( casal, vales do Lis, moinho de vento … )
Há quanta saudade …