Em época de menor fulgor financeiro há que encontrar mecanismos e formas que possibilitem a realização e concretização de vontades. Uma dessas formas passa por assumir a viabilidade do conceito de propriedade partilhada (ou fracionada) de bens (tipicamente de luxo). Este modelo de relacionamento foi criado com o propósito de proporcionar o usufruto integral do bem por uma fração do valor de aquisição e manutenção do mesmo.
Criada para proporcionar uma alternativa à propriedade integral, o valor deste modelo é claro e pode ser sintetizado como a melhor forma de conseguir atribuir um valor à utilização do bem sem as demais preocupações que sempre vêm acopladas à compra do mesmo. Em suma, prescindir de custos fixos e depositar o prazer numa lógica assente em custos variáveis.
Se do ponto de vista financeiro o racional é simples e facilmente explicado, o tema não é tão unânime na vertente emocional. O termo “partilha” continua a conter em si mesmo uma conotação negativa, sendo necessária a experimentação para desconstruir preconceitos que se querem ultrapassados.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Vários são os exemplos já existentes em Portugal. Os casos paradigmáticos da NetJets (www.netjetseurope.com) no caso dos aviões, Overstep (www.overstepclub.com) nos automóveis e Full Throttle (www.fullthrottle.pt) nas motos, apenas para citar alguns.
(texto publicado na edição em papel de 3 de fevereiro de 2012)