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(I)deia verosímil: Tradicional vs proximidade

O Comércio Tradicional está sob pressão. Não sendo novo, o tema é actual. Disponibilidade de serviço, economias de escala e uma comunicação de marketing agressiva são os argumentos das grandes superfícies. Como encarar estas ameaças é a questão que o Comércio Tradicional deverá conseguir responder.

Rui Melo Biscaia, Director de marketing e comunicação r.biscaia@gmail.com

O Comércio Tradicional está sob pressão. Não sendo novo, o tema é actual. Disponibilidade de serviço, economias de escala e uma comunicação de marketing agressiva são os argumentos das grandes superfícies. Como encarar estas ameaças é a questão que o Comércio Tradicional deverá conseguir responder.

A resposta poderá estar na alteração da promessa que este tipo de comércio propõe. Ao invés do “Tradicional”, a tónica deverá assentar na “Proximidade”. Contra os preços convidativos das grandes superfícies, materializados na impessoalidade do acto, há que conhecer e endereçar as necessidades dos clientes, com base na construção de uma relação focada na personalidade e gostos.

Este caminho faz-se no assumir de uma postura de comunicação activa e direccionada para com cada um dos clientes. Como? Conhecendo gostos e preferências, procurando satisfazer necessidades de forma pró-activa, ao mesmo tempo que se estabelecem relações de confiança. Tudo isto, polvilhado por uma boa dose de atenção e cuidado para com a pessoa e não apenas na transacção.

O Marketing não é uma ciência exacta em que, controladas as variáveis, se consegue ter uma percepção correcta do resultado na acção. Ainda assim, uma observação atenta dos fenómenos do quotidiano permite assumir ser este o caminho mais verosímil para garantir a viabilidade do Comércio de Proximidade.

(texto publicado na edição em papel de 11 de Novembro de 2011)