Impossível não escrever sobre os novos cortes da troika, nos cães e gatos dos portugueses. Era isso ou sobre a Bárbara Guimarães e o José Maria Carrilho. Prefiro os cães e os gatos. Porquê? Primeiro, porque é muito mais interessante. Segundo, porque uma coisa é discutir a relevância nacional de ter dois cães ou quatro gatos em casa e outra completamente diferente é discutir a relevância nacional dos divórcios e a sua contribuição para a diminuição do défice. Terceiro, porque a ministra disse que esta proposta de lei não era uma proposta de lei e que era só um estudo que não tinha relevância nenhuma para o atual momento que o país atravessa, o que faz com que seja legítimo suspeitar que o mesmo possa sair em lei um destes dias. Quarto, porque não consigo entender como é que uma coisa daquelas leva 7 anos a fazer (noutras versões, certamente da oposição, já ouvi falar em 8 anos). Marcelo Rebelo de Sousa, no seu sermão dos domingos, disse que certamente foram ouvidos todos os cães e gatos o que, sendo demorado, é democrático. Uma espécie de referendo do mundo animal canídeo e felino (excluindo os tigres e os leões que são uns brutos). E como não há quarto sem quinto, quem já assistiu a umas arranhadelas poderá constatar que por mais que se esforcem são muito menos violentas as arranhadelas entre a bicharada do que entre os humanos. E a minha crónica não pactua com a violência!
Posto isto, até um destes dias. E gozem bem o chorudo subsídio de férias que aí vem.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>(texto publicado na edição de 7 de novembro de 2013)