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Leiria

Bombeiros combateram seis incêndios nos Pousos em menos de 15 horas

Bombeiros não tiveram mãos a medir na noite passada. Vários incêndios deflagraram nos Pousos. O mais grave destruiu parte da sede do agrupamento de escuteiros.

“Foi uma noite de muito trabalho”, na localidade de Pousos, disse ao REGIÃO DE LEIRIA, José Rito, comandante interino dos Bombeiros Municipais de Leiria. O primeiro alerta foi recebido pouco depois da meia-noite para um fogo que consumia mato nas proximidades do posto de combustível da Avia.

O fogo foi facilmente dominado, mas os bombeiros ainda não tinham abandonado o local quando receberam o alerta para um segundo incêndio, já passava das duas horas da madrugada. Perto das instalações da Brisa, as chamas também consumiam mato.

Por volta das 3 horas, um novo alerta do CDOS – Comando Distrital das Operações de Socorro dava conta de mais um incêndio, perto do cemitério dos Pousos. Já no local, os bombeiros depararam-se com vários pneus a arder. O fogo haveria de ser, uma vez mais, facilmente dominado, informou o comandante.

Recentemente inaugurado, o Parque Aventura dos Pousos viu as chamas aproximarem-se. Era o quarto incêndio da noite que consumiu mato e, segundo José Rito, não afetou a estrutura de arborismo que abriu portas há cerca de três semanas.

O mesmo resultado não teve o quinto incêndio que os bombeiros combateram na noite passada. Ocorreu na Casa do Guarda Florestal, utilizada pelo Agrupamento de Escuteiros 877. O alerta para esta ocorrência foi dado por volta das 5h30 e os trabalhos de rescaldo só viriam a ficar concluídos já depois das 9 horas.

Em comunicado enviado às redações, a chefe do agrupamento, Ana Isabel Lopes, informa que o incêndio consumiu o edifício e parte do arquivo histórico e documental que tinha sobrevivido ao incêndio de 30 de julho de 2018.

Além da perda material, destaca a perda afetiva ao salientar que aquele era um “espaço onde muitos dos nossos elementos e dirigentes cresceram e com o qual identificam o Agrupamento 877 – a Casa do Guarda Florestal era também a sua casa durante os últimos 30 anos”.

Em 2018, o incêndio tinha destruído por completo as instalações do agrupamento e a reconstrução ainda não estava concluída.  “Estamos numa fase de recuperação do edifício ardido em 2018, travada pela pandemia, mas que esperamos retomar assim que for possível”, referiu Ana Isabel Lopes.

A chefe do agrupamento acrescenta que as causas do incêndio estão sob investigação policial, uma vez que “a primeira análise descartou problemas elétricos e aponta para causas não acidentais”.

À tarde, por volta das 15h30, novo alerta de incêndio nas proximidades do posto de combustível da Avia. Seria o sexto, mas José Rito acredita poder tratar-se de um reacendimento. Adiantou que a sucessão de incêndios está a ser investigada pelas autoridades. Nos locais das ocorrências estiveram PSP, GNR e Polícia Judiciária.

José Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, que acompanhou o combate às chamas, sublinhou a necessidade de investigar o que sucedeu durante a noite passada. “É muita coincidência”, comentou.


Secção de comentários

  • António Candeias disse:

    Tantos incêndios com pouco tempo de distancia horária uns dos outros e ainda por mais hás horas que foram só pode ter sido mão criminosa, não houve trovoadas para haver a desculpa que foi um raio que lá cai, foi sim um raio que os parta a todos os incendiários deste País, e os nossos legisladores quando é que pensam em legislar penas bem pesadas para os incendiários e a quem lhes paga? Legislarem para que essa gente tenha de pagar as despesas do combate aos incêndios que eles por malvadez uns por ganancia outros estão a destruir o País

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